Os rodoviários da empresa Monte Cristo, em Belém, chegam ao segundo dia de paralisação nesta sexta-feira (8). Cerca de 29 mil passageiros foram afetados. A empresa tem cerca de 700 funcionários. Mais uma vez, o dia começa com paradas lotadas ao longo dos itinerários das linhas operadas pela companhia. Confira as linhas afetadas:
Por nota, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) comunicou que "...as pautas apresentadas pelos rodoviários da empresa Monte Cristo, referem-se a questões trabalhistas que dizem respeito à relação empregador-empregado. Sensível ao pleito, a Semob acompanha o caso para assegurar que a empresa garanta o pronto restabelecimento da prestação do serviço, inclusive com a aplicação das devidas penalidades, e espera que as questões trabalhistas sejam resolvidas".
"Durante o período de paralisação, para não deixar os usuários desassistidos, a Semob determinou que as demais empresas, com linhas que têm itinerários sobrepostos aos da Monte Cristo, reforcem suas frotas enquanto durar a paralisação", garantiu o órgão.
Luciano Barros, diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belém (Sintrebel), confirma que a capital segue vai amanhecer, mais uma vez, sem os ônibus da Monte Cristo nesta sexta. Houve uma primeira negociação com a empresa no final desta quinta, mas não houve acordo. Os funcionários da empresa pedem pagamentos de salários atrasados, férias e benefícios trabalhistas.
Em nota publicada ainda nesta quinta (7), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) informou que "...vem alertando há vários anos sobre os prejuízos decorrentes do desequilíbrio financeiro do sistema de transporte em Belém, que não é diferente do restante do Brasil. A aplicação de subsídios para equilibrar o sistema, sem onerar o preço da passagem, foi a solução encontrada por 22 capitais, que vem conseguindo manter e até melhorar a prestação do serviço".
"O desequilíbrio financeiro permanece em Belém, já que a Tarifa de remuneração calculada pelo órgão gestor em R$5,01 até o momento não está sendo complementada com subsídios ou isenções do poder público, causando um prejuízo mensal superior a R$12.000.000,00 (doze milhões de reais) e impactando diretamente no cumprimento das obrigações financeiras das operadoras e investimentos em melhoria de frota", concluiu a nota do Setransbel.
Fonte: Victor Furtado/OLiberal