Representantes de escolas particulares voltaram a se reunir, na tarde desta quarta-feira (12), na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), para discutir sobre o retorno presencial das aulas. As instituições afirmam que estão preparadas para atender o protocolo estabelecido pela Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) e aguardam a autorização de Estado e Município para a retomada do setor.
Deputados que participaram da reunião demonstraram apoio às escolas e devem levar a demanda ao Governo do Estado, que ainda não divulgou decisão sobre o tema. Segundo informações divulgadas pela Alepa, participaram do encontro desta quarta 35 representantes de escolas da rede privada de ensino. Eles foram recebidos pela Comissão de Educação da casa, no plenário Newton Miranda, com as discussões sendo conduzidas pela deputada Nilse Pinheiro, que representou o deputado Alex Santiago, titular da Comissão. O deputado Gustavo Sefer (PSD), que já vinha dialogando com o setor, também participou das discussões.
Representante do Colégio Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e presidente da União das Escolas do Pará (Unesc-PA), Marcelo Ferreira explica que desde a última reunião com o procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer, no dia 30, não houve manifestação do Governo. Existe, por parte da entidade, expectativa de publicação de decreto estabelecendo esse retorno, mas eles ainda não receberam confirmação oficial sobre o assunto.
A Unesc-PA representa cerca de 60 instituições privadas de ensino do Estado. “As escolas já têm um protocolo aprovado na Sespa, há mais de um mês, e a gente está pedindo o retorno seguro, gradual e responsável, de acordo com o protocolo”. Segundo Marcelo Ferreira, o protocolo estabelece, entre outras medidas, cuidados para evitar aglomeração, distância de um metro e meio entre os alunos em sala de aula, sinalização na entrada e saída, uso de máscara, medição de temperatura na entrada e o máximo de 10 a 12 alunos por sala.
Ele afirma que o pedido das escolas para retornar às atividades presenciais atende, inclusive, demanda de alguns pais, que querem o retorno das aulas. “Claro que o pai que quiser continuar no sistema online, vai poder, vai ser sistema híbrido, porque hoje o pai não tem essa opção, só pode deixar os filhos em casa”.
A deputada Nilse Pinheiro ressaltou que a educação foi o primeiro setor a parar suas atividades presenciais, ou seja, as escolas estão há cerca de 150 dias sem aulas presenciais. “Precisamos de forma muito imediata recorrer ao Governo do Estado, à Secretaria de Educação, para que a gente possa viabilizar o retorno imediato das escolas que estão preparadas, até mesmo das escolas públicas”, declarou Nilse. Para ela, as escolas particulares estão sendo prejudicadas uma vez que vários setores da sociedade civil já voltaram e educação também é prioridade.
Segundo a parlamentar, o rigoroso protocolo criado pela Sespa já foi repassado às instituições de ensino, que se prepararam durante todo esse período e estão prontas para essa retomada. “As crianças também, dentro do seu rigor de prioridade absoluta, estão completamente afetadas. Elas não retornaram, as escolas foram as primeiras que pararam e serão as últimas, não se sabe nem quando haverá um retorno”, declarou. “Hoje foi muito bem colocado isso, por mantenedores e pais, sobretudos pais. Os maiores fiscais nessa questão do protocolo de saúde são os próprios pais, que vão manter um rigor de fiscalização”.
Fonte: Keila Ferreira/OLiberal