Não é de hoje que a carne bovina se tornou uma proteína cara para os paraenses. Somente ao longo dos últimos 12 meses, os consumidores do Estado pagaram cerca de 30% a mais. O acúmulo dos reajustes está além da inflação calculada nesse período, que não chegou a 3%. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socieconômicos (Dieese/PA).
Na variedade do tipo chã, cabeça de lombo e paulista, por exemplo, o quilo da carne em julho do ano passado custava, em média, R$ 20,69, enquanto que no mês de julho deste ano, o alimento era comercializado, em média, a R$ 26,85, o quilo. Ainda de acordo com o Dieese/PA, ao longo dos primeiros 7 meses deste ano, a variação foi de – 4,85%, ou seja, houve uma queda que se limitou a poucos centavos de diferença. No entanto, em 12 meses, a variação no reajuste do alimento foi de 29,77%.
Segundo o Departamento, as informações são levantadas com base em pesquisa realizada em açougues, feiras, mercados e supermercados da capital paraense. “Mesmo com as quedas de preços observadas em alguns meses deste ano no quilo da carne bovina, no balanço comparativo de preços dos últimos doze meses o produto ainda apresenta alta significativa e com reajustes bem acima da inflação”, afirma o economista Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese/PA. As pesquisas foram realizadas juntamente com a Secretaria Municipal de Economia (Secon).
Fonte: DOL