O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou um alerta laranja de chuvas acumuladas que envolve vários estados do norte e dos nordeste do Brasil. Quase todo o território paraense está incluído no alerta. Na prática, isso deve representar adoção de medidas preventivas e prontidão a atender pessoas que possam ser atingidas pelas consequências de temporais. Em alguns municípios de toda a área sul já confirmam a razão para o segundo nível mais alto das classificações de risco do Inmet.
O alerta vale por 24 horas, até as 11h desta terça-feira (2). Na prática, o alerta laranja aponta para chuvas acumuladas de 50 a 100 milímetros. Em termos mais simplificados, é um "toró" que pode ser intenso e demorado, como explica o coordenador do segundo Distrito de Meteorologia (Disme) do Inmet, José Raimundo Abreu. Essas chuvas devem vir acompanhadas de rajadas e vento e descargas elétricas. Por isso, as Defesas Civis devem estar atentas à necessidade de agir, caso necessário, para auxiliar quem seja atingido.
"Essa quantidade de chuvas é suficiente para encher rios e canais, causando alagamentos. Os ventos fortes podem causar estragos em imóveis, derrubar árvores, galhos, provocar interrupções de energia, riscos de acidentes elétricos... quem estiver passando por estradas com pontes, precisa estar atento, pois já ocorreram rompimentos de pistas e bueiros na região sul. Então é importante não não se abrigar debaixo de árvores, não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia", recomendou José Raimundo.
Entre as áreas que o meteorologista cita como de risco, estão Novo Repartimento, que já teve 77,3 mm de chuva das 3h às 11h30; Marabá, com 70,8 mm, no mesmo período, com riscos de cheias do rio Itacaiúnas; Dom Eliseu teve chuvas desde as 2h desta segunda-feira (1), chegando a 63,8 mm. Os municípios de Tucuruí e Xinguara acumulam pouco mais de 30 mm. "O alerta é para todas as defesas civis do Estado. É um perigo potencial", concluiu Abreu.
Fonte: Victor Furtado/OLiberal