Pará gerou mais de dois mil postos de trabalho em janeiro deste ano, superando a marca registrada no mesmo mês de 2020 em pouco mais de mil vagas. O resultado foi obtido graças aos setores do comércio e indústria, que puxaram as maiores altas. Nos últimos 12 meses foram criados em todo o Estado cerca de 32 mil vagas de trabalho com carteira assinada. É o maior resultado entre os estados do Norte. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta terça-feira (16) pelo Ministério da Economia e que abrange apenas contratos regidos pelaCLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Segundo o escritório regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), que fez a compilação local dos dados, o Pará não só liderou a criação de empregos no Norte como ficou em quinto lugar no ranking nacional no comparativo entre admitidos e desligados.

No Pará, houve 25.208 admissões contra 23.069 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.139 postos de trabalhos formais em janeiro. No mesmo período do ano passado, o Estado também apresentou crescimento de empregos formais, só que menor que o verificado este ano. Ocorreram naquela oportunidade 24.884 admissões contra 23.787 desligamentos, gerando um saldo de 1.097 postos de trabalhos.

O setor do Comércio liderou gerando 1.789 postos de trabalhos, seguido da Indústria em Geral com a geração de 363 postos de trabalhos e da Agropecuária, com 351 vagas.

O estudo produzido pelo Dieese/PA aponta também que nos últimos 12 meses o emprego formal apresentou crescimento. No período analisado houve 292.491 contratações contra 259.939 desligamentos, o que deu um saldo líquido de 32.552 postos no Pará.

BRASIL

No País, o mercado de trabalho brasileiro registrou abertura líquida (contratações menos desligamentos) de 260,3 mil vagas em janeiro. O dado ficou acima do ano passado, quando o saldo líquido foi de 117,7 mil (com ajustes), e representa o melhor resultado da série histórica para um mês de janeiro. O saldo de janeiro é resultado de 1,5 milhão de admissões e 1,2 milhão de desligamentos.

De acordo com a pasta, o resultado é o melhor na série iniciada em 1992 -o Caged sofreu mudanças metodológicas no começo do ano passado. A dificuldade de adaptação das empresas às novas regras e a própria pandemia fizeram mais dados serem informados com atraso, segundo os próprios técnicos. As regras do Caged estabelecem que as admissões devem ser informadas diariamente ao governo -enquanto os desligamentos têm mais prazo (que ficou ainda maior com a mudança da metodologia).

Fonte: DOL