A Assembleia Legislativa aprovou, nesta terça-feira (06), um Projeto de Lei que institui, no Pará, a assistência psicológica remota gratuita aos paraenses que necessitem de apoio emocional por reflexos da situação de isolamento ou quarentena, medidas adotadas como forma de enfrentamento à covid-19. Pela proposta, apresentada pelo deputado Eliel Faustino (DEM), o Governo prestará um canal de acesso remoto, podendo ser feito por redes sociais, aplicativos de mensagens ou contato telefônico, com profissionais habilitados a diagnosticar o paciente com sintomas psicológicos negativos, como estresse, pós-trauma, depressão, irritabilidade, solidão, ansiedade, entre outros.
Aprovada em 1º, 2º turno e redação final, a matéria segue agora para análise do governador Helder Barbalho, que pode vetar ou sancionar. Se sancionada, para o cumprimento da Lei, o Poder Executivo também poderá estabelecer parcerias, convênios ou termos de cooperação com órgãos e entidades. Durante a sessão, deputados elogiaram a iniciativa.
“Ainda que a academia, os setores da saúde no mundo, os cientistas, os instituto, estejam demandando esforços no sentido da produção da vacina e se aprofundando nos estudos de medicamentos para tratamento, a gente tem registros do ponto de vista muito negativo na sociedade. Essa doença também tem deixado sequelas naquelas pessoas que conseguem se curar. Nós temos que pensar em formas inteligentes, métodos, usar de todas as ferramentas modernas que temos, como a questão da internet, para que a gente possa estar atuando no mundo digital”, declarou Orlando Lobato (PMN).
A deputada Ana Cunha (PSDB) destacou os impactos das dores emocionais. “Ela não tem mensuração. Então, é de grande relevância esse projeto que coloca a assistência psicológica remota como um dos pilares de atendimento às pessoas na pandemia”, avaliou. Para ela, a medida pode refletir em outros problemas. “É importante fazer referência que quando um idoso está isolado e não tem com quem conversar, ele deprime, quando uma criança está sofrendo um processo de desestruturação familiar, ela pode deprimir. Quando uma mulher está sendo violentada e não tem com quem conversar, se ela tem apoio psicológico, vai com certeza ter o suporte necessário para enfrentar a situação, principalmente com aquele que está sendo o violentador. Esse projeto não vai apenas de encontro a situação da pandemia, mas a necessidade como um todo da população que passa por vários problemas”, completou.
A proposta foi apresentada pelo deputado Eliel Faustino em abril do ano passado. “É um projeto fundamental, importante, pelo momento que continuamos a viver, com o agravamento dos casos de covid-19 no estado, o que torna a questão psicológica muito mais sensível”, argumentou Eliel, durante a sessão.
Fonte: Redação Integrada/OLiberal