O promotor de Justiça Militar Armando Brasil declarou, nesta terça-feira (17), que vai pedir a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM), nesta quarta-feira (18), para apuração do caso de uma major da Polícia Militar que foi flagrada com a arma em punho, em meio ao trânsito no centro de Belém, supostamente após uma briga de trânsito. A cena aconteceu em frente a uma escola particular na travessa Rui Barbosa, bairro do Reduto, em Belém. O promotor militar quer que o caso seja apurado em âmbito da Corregedoria da PM. Ele afirmou ainda que também solicitará o afastamento da policial ao Comando da PM. Entretanto, caso ela não seja afastada da função, um Processo Investigatório Criminal, que apura o caso pelo Ministério Público do Estado, poderá ser instaurado.
Ela não tem condições de permanecer na Corregedoria da PM. Em tese, cometeu crime de ameaça ao bater com a arma na janela de veículo. É um crime de ação penal pública incondicionada, ou seja, independente da iniciativa das vítimas, porque as vítimas ficam com medo de registrar boletim de ocorrência. Vou tomar a iniciativa mesmo que ninguém formalize (denúncia)", disse o promotor.
Relembre o caso
Foi no começo da tarde desta terça que um vídeo começou a circular pelas redes sociais mostrando o momento em que uma mulher, identificada como sendo a major PM Cristiane Carvalho, se envolve em uma discussão no trânsito e sai do carro com a arma na mão. A oficial da Polícia Militar declarou, nesta terça-feira (17), que somente se manifestará sobre o caso mediante autorização da corporação.
Nas imagens, a possível militar aparece sem uniforme, discutindo com outros motoristas e batendo na carroceria de um dos veículos, visivelmente irritada. Segundo o relato de quem gravou o vídeo, ela estaria discutindo porque o trânsito à frente estava bloqueando a saída do carro dela. Na área, é comum haver um trecho de lentidão por causa da parada de veículos em frente à escola.
A escola foi contactada para informar mais detalhes do ocorrido, mas, segundo a coordenadora, Amélia Pimentel, o estabelecimento só ficou sabendo da discussão pelas redes sociais e, assim que foram avaliar o cenário, não havia mais nada acontecendo na rua. Por isso, nenhuma denúncia ou providência foi tomada a respeito. Além disso, a coordenadora frisou que a mulher nas imagens não é conhecida do lugar e nem responsável por nenhum aluno ou aluna na escola.
Fonte: OLiberal