A síndrome de Haff é uma doença provocada por toxinas presentes em peixes e crustáceos contaminados que provocam sérias lesões musculares nos seres humanos após o consumo destes alimentos. Entre as características principais do quadro estão as dores musculares e abdominais intensas e a mudança da cor da urina, que passa a ficar cada vez mais escurecida. Por esta razão, a síndrome é conhecida popularmente como "doença da urina preta". Em 2021, relatos de casos se espalharam pelo Estado e, ao todo, por parte da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), foram confirmadas 25 infecções pela síndrome de Haff.
No entanto, em 2022, nenhum registro havia sido feito até então. Porém, na última sexta-feira (24), quatro novos casos suspeitos foram notificados por equipes de vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Óbidos à Sespa, a qual investiga uma possível morte em decorrência da "doença da urina preta" no município localizado na região do Baixo Amazonas.
Os três casos suspeitos seriam de moradores residentes em áreas rurais do município e eles teriam apresentado sintomas característicos da síndrome de Haff após o consumo de pacu, espécie de peixe típica da região.
ALERTA EPIDEMIOLÓGICO
Nesta segunda-feira (27), a Prefeitura Municipal de Óbidos emitiu um alerta epidemiológico sobre os três casos suspeitos da doença e dando orientações sobre como proceder em caso de suspeita da doença.
"A Vigilância em Saúde emite o presente alerta epidemiológico com o objetivo principal de avisar os profissionais de saúde da rede pública e privada quanto a identificação de notificação precoce, bem como o poder público municipal, quanto à necessidade de medidas preventivas cabíveis", iniciou no comunicado.
"Orientamos a população que caso apresentem sintomas como: fraqueza, dor muscular, dor de cabeça, dormência, urina escura, iniciados de 2 a 12 horas após o consumo de peixe, que busque imediatamente atendimento médico", finalizou a Prefeitura de Óbidos.
Foi solicitada uma nota sobre os casos suspeitos em Óbidos e sobre a possível morte em decorrência da "doença da urina preta" à Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará, onde é aguardado o retorno para atualização da matéria.
Fonte: Adams Mercês/DOL