O Pará voltou a apresentar saldo positivo no número de empregos formais, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Foram quase seis mil novas vagas com carteira assinada em julho deste ano, resultado que, somado aos seis primeiros meses de 2022 chegam a 31 mil postos de trabalho e mantém a tendência de crescimento no Estado. O resultado no mercado de trabalho paraense segue em direção oposta aos resultados nacionais: o Brasil registrou queda em julho, na abertura de vagas formais, ou seja, com carteira assinada, com resultado negativo de menos 59 mil vagas, se comparado a junho deste ano.
RANKING
Com este novo resultado, Pará chegou ao saldo positivo de 51 mil novos postos no acumulado dos últimos 12 meses (de agosto de 2021 a julho de 2022). O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos do Pará (Dieese/PA) revela que, no ranking nacional, o Pará foi o 11º entre as 27 unidades federativas na geração de empregos formais em julho deste ano. Na região Norte o Estado continua líder, com a maior quantidade de vagas com carteira assinada geradas entre os demais estados.
Os dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados divulgados ontem, levam em consideração apenas os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem as ocupações informais e não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). De acordo com o Dieese/PA, os números do Caged são coletados das empresas e abrangem o setor privado com carteira assinada, enquanto os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar, e incluem também o setor informal da economia.
DESTAQUE
Todos os setores da economia paraense apresentaram saldos positivos na geração de empregos com carteira assinada em julho deste ano. O destaque foi para o setor de serviços, com geração de 1.976 postos de trabalho, seguido pela construção com a geração de 1.491 vagas; agropecuária com 1.141 postos de trabalho; indústria com 985 vagas; e comércio com 358 postos de trabalhos
Todos os meses o Dieese/PA divulga um estudo sobre a evolução do mercado de trabalho paraense. O projeto Observatório do Trabalho é uma parceria entre o Dieese e o Governo do Estado do Pará.
Fonte: Luiza Mello/DOL