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Setembro Amarelo: campanha promove prevenção ao suicídio; saiba onde encontrar ajuda no Pará

Publicada em 02/09/22 às 08:37h - 76 visualizações

por Rádio Nativa FM 92.5 Irituia


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 (Foto: Rádio Nativa FM 92.5 Irituia)

Atualmente, o Setembro Amarelo é a maior campanha de prevenção ao suicídio do mundo. No Brasil, a iniciativa começou em 2015, visando conscientizar as pessoas sobre o assunto, bem como evitar o seu acontecimento. Em 2022, o lema é “A vida é a melhor escolha!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas. No dia 10 deste mês é, oficialmente, celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Para Luiza Montenegro, voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), em Belém, a importância do Setembro Amarelo sempre foi sensibilizar e conscientizar o público em geral sobre a necessidade de se falar abertamente sobre suicídio para promover sua prevenção e a valorização da vida. “Desde sua primeira edição em 2015, as pessoas, organizações, empresas e o poder público passaram a olhar com mais respeito e atenção o assunto em decorrência da quebra de alguns tabus, então, nós do CVV entendemos que a campanha está alcançando os seus objetivos”, afirmou.

O CVV presta serviço voluntário e gratuito de prevenção do suicídio e apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os mais de 3,6 milhões de atendimentos de 2021 foram realizados por cerca de 4.200 voluntários em mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.

Segundo a Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), os atendimentos a pessoas com sinais de depressão são discriminados pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Ministério da Saúde (MS) como transtornos mentais e comportamentais. Assim, no Pará, foram registradas 389 internações em 2021 e outras 204 entre janeiro e junho deste ano.

 

Campanha Setembro Amarelo no Pará

Em alusão à campanha “Setembro Amarelo”, a Sespa orienta que as Secretarias Municipais de Saúde intensifiquem as estratégias de atendimento básico para que pais, familiares e amigos fiquem atentos aos sinais de sofrimento psíquico de pessoas de convivência próxima. O importante é buscar ajuda o mais rápido possível a partir de comportamentos que devem ser observados, como o isolamento, a falta ao trabalho, a perda do gosto pelas coisas e pela própria vida, a dificuldade de relacionamento e a irritação.

“É importante que se conscientize a população sobre o valor da vida, principalmente devido às restrições que vividas por causa da pandemia. Discutir elementos da prevenção é a forma mais adequada de se redescobrir e reinventar nesse tempo em que a vida está, de certa, forma ameaçada”, explica Ildeney Morais, coordenadora de Saúde Mental da Sespa, ao reforçar a importância da escuta e de compreensão por parte do profissional de saúde mental, evitando o julgamento de qualquer natureza e, assim, disponibilizando ajuda, de forma a evitar situação extrema, que é o suicídio.

De acordo com a psicóloga Vera Fonseca, antes da pandemia já havia um trabalho intenso na prevenção de casos, mas o alerta se ampliou no pós-crise. “As restrições ampliaram situações de angústia e sofrimento, além de aflorar transtornos nas relações familiares causadas pela perda de empregos, crianças afastadas das escolas ou pelo convívio mais próximo”, declarou a psicóloga Fonseca, que é membro da Coordenação Estadual de Saúde Mental da Sespa. “Além disso, é importante destacar que o Setembro Amarelo é um mês de alerta, o trabalho de prevenção é feito durante o ano inteiro. Nosso Setembro Amarelo é de setembro a setembro”, acrescentou a psicóloga.

 

Rede de atendimento público

A Sespa, por meio da Coordenação Estadual de Saúde Mental, informou que tem atuado conforme as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde (MS), na reorientação do modelo assistencial, antes “hospitalocêntrico” e hoje voltado a uma rede diversificada de serviços de base comunitária, territorial e descentralizada. A prevenção ao suicídio está incluída nessas ações.

Dessa forma, a pessoa em sofrimento mental pode ir diretamente tanto às Unidades Básicas de Saúde como aos 94 Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs) sediados em todo o Estado, onde a primeira etapa é o acolhimento. “Os principais atendimentos em saúde mental são realizados nesses Centros, onde o usuário recebe atendimento próximo da família com assistência multidisciplinar e cuidado terapêutico de acordo com o quadro clínico de cada paciente”, explica Ildeney Morais.

Porém, se estiver em crise, pode ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) ou levada a um serviço de emergência psiquiátrica, como o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém.

 

Serviço:

CVV - Os atendimentos ocorrem pelo telefone 188 (sem custo de ligação) ou pelo site www.cvv.org.br, via chat e e-mail (apoioemocional@cvv.org.br). Para ser voluntário, é preciso ter mais de 18 anos e participar do treinamento, oferecido gratuitamente pelo CVV. Para se inscrever, basta acessar cvv.org.br/voluntario/

 

Atendimentos da rede estadual de saúde

No Pará, além de diversos municipais CAPS instalados em todos os municípios das 13 Regiões de Saúde, a população conta com seis CAPSs que estão sob gestão estadual localizados em Belém e Santarém:

CAPS Icoaraci (Caps I): Rua Monsenhor Azevedo, 237 (entre Passagem Maguari e Lobo de Castro), Campina de Icoaraci, Telefone: (91) 3227-9137, E-mail: capsicoaraci@ibete.com.br

CAPS Amazônia (CAPS I): Passagem Dalva, 377, Marambaia, telefone: 3231-2599/ 3238-0511, E-mail: capsam.sespa@outlook.com

CAPS Renascer (CAPS III): Trav. Mauriti, 2179, entre Av. Duque de Caxias e Visconde de Inhaúma, Pedreira, telefone: (91) 3276-3448. E-mail: capsrenascer@yahoo.com.br

CAPS Grão Pará (Caps III): Rua dos Tamoios, 1840, Batista Campos, telefone: (91) 3269-6732, E-mail: capsgraopara@yahoo.com.br

CAPS Marajoara (CAPS ad III): Conjunto Cohab, Gleba I, WE 2, 451- Nova Marambaia, telefone: (91) 32360399, E-mail: capsmarajoara@gmail.com

CAPS Santarém (CAPS ad III): Tv. Dom Amando, Santa Clara, Santarém- PA, telefone: (93) 3523-1939

Pessoas que sofrem com a depressão e não conseguem buscar ajuda de profissional de saúde ou, mesmo aquelas com risco de autoagressão, podem ainda buscar apoio em conversas com os voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV), em parceria com o SUS, pelo número 188. Por esse canal de comunicação, os cidadãos recebem apoio em momentos de crise e ajuda para prevenção.

Em casos de emergência, a população deve recorrer ao SAMU 192, às Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), Pronto Socorros e o setor de Emergência Psiquiátrica do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém.

 

Fonte: Fábyo Cruz/OLiberal




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