Na manhã desta terça-feira (13), uma balsa e uma lancha começaram a fazer o transporte de passageiros, cargas e veículos entre Belém e o porto de Camará, no arquipélago do Marajó. Os trajetos iniciaram às 7h da manhã com acompanhamento de equipes da Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-PA).
“O Governo do Estado está trabalhando para ampliar os serviços para melhorar a qualidade do transporte, buscando, inclusive, novas alternativas que possam beneficiar a população como a travessia feita por navios”, explicou o Secretário de Estado de Transportes, Adler Silveira. “A viagem com a lancha Atlântica durou 1h20, seguiu com 35 passageiros e teve boa aceitação por parte dos usuários. Ao chegar no Porto de Camará foi bem aceita pela população local que ficou satisfeita com a nova embarcação.
A Arcon mantém o compromisso de buscar maior qualidade e conforto do transporte intermunicipal para atender a população do Marajó”, comenta Wildson Mello, diretor de fiscalização do órgão. As novas operações são decorrentes de análises e estudos técnicos da Arcon-PA sobre a qualidade dos serviços oferecidos à população, reforçando a segurança.
LANCHAS
A lancha “Atlântica” (Empresa Transmarajó) sai às 7h do Terminal Hidroviário de Belém até o Porto de Camará, retornando às 14h30. A partir desta quarta-feira (14), a lancha “Salmista” (Empresa Salmista) sairá às 6h30 do Porto de Camará, com retorno para Belém, às 14h30.
Para garantir o cumprimento da legislação, as lanchas vão ofertar 15% de gratuidade aos passageiros que têm direito previsto. “A intenção da Arcon é buscar alternativas para atender a demanda e os anseios da população do Marajó, ampliando as opções de horários, buscando oferecer conforto e qualidade no transporte intermunicipal aos usuários da região do Marajoara”, explica Denise Pimenta, diretora-geral em exercício da Arcon-PA.
Órgãos do Sistema de Segurança Pública do Pará realizam pelo sexto dia consecutivo ações integradas de busca e resgate de vítimas do naufrágio ocorrido na Baía do Marajó, em frente à Ilha de Cotijuba, em Belém.
O trabalho diário – que ocorre desde a última quinta-feira (08) – começa às 5 h, com o deslocamento de embarcações levando agentes do Corpo de Bombeiros Militar, que fazem mergulhos diários. Equipes de 15 mergulhadores se revezam no local do naufrágio e no entorno, onde já foi possível localizar a embarcação e resgatar vítimas que estavam desaparecidas.
Até o momento foram contabilizados 66 sobreviventes, dentre os que receberam assistência psicossocial e foram ouvidos no trabalho investigativo. Das 23 pessoas procuradas por familiares e incluídas na lista de desaparecidos, 22 foram encontradas. Após os exames necessários, os corpos foram liberados para sepultamento.
Até o momento, são 22 óbitos (13 mulheres, seis homens e três crianças). Destes, 15 foram levados para o Arquipélago do Marajó com o suporte do governo do Estado e sete corpos foram entregues aos familiares em Belém. Ainda conforme o reclame de pessoas procuradas por familiares, apenas uma criança continua desaparecida. A força-tarefa prossegue o trabalho de busca.
“Estamos empregando todos os esforços nas ações de busca, assim como dando suporte aos sobreviventes e familiares de vítimas desde o dia do naufrágio. Além disso, há dois dias os mergulhadores estão vasculhando o interior da embarcação para localizar outros corpos, que possivelmente podem estar submersos. Logo conseguimos retirar o corpo de um homem que foi identificado e liberado para a família, e agora continuamos as buscas para resgatar a última vítima procurada pelos familiares, a criança Sophia Loren”, informou Ualame Machado, titular da Segup.
Nove embarcações do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (Gflu) e do Grupamento Marítimo Fluvial (Gmaf) continuam as buscas. Um helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) também auxiliou na localização de corpos na superfície da baía. Paralelamente às ações de busca e resgate, foi solicitada à Marinha do Brasil a manobra de emersão da embarcação, para que após a retirada da água novas averiguações possam ser realizadas em terra.
A equipe de atendimento psicológico do Sistema de Segurança Pública mantém o contato com familiares da vítima que continua desaparecida. Parentes de pessoas desaparecidas, vítimas ou sobreviventes, que necessitem de qualquer suporte podem procurar o Grupamento Fluvial na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1000 (ao lado do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação - CIIR). Contatos podem ser feitos também pelo telefone da Defesa Civil do Estado do Pará, pelo número (91) 98899-6323.
SERVIÇO
HORÁRIOS
Com a ampliação dos serviços, as travessias estão programadas da seguinte forma: A balsa da empresa “Henvil” inicia a travessia às 7h, saindo do Porto de Camará até Belém às segundas, terças, quintas e sextas, com retorno às 20h. A tarifa cobrada será a mesma já praticada pela empresa.
Fonte: DOL