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Dia Mundial Contra a Raiva: Pará não registra casos da doença em humanos desde 2018

Publicada em 28/09/22 às 08:24h - 59 visualizações

por Rádio Nativa FM 92.5 Irituia


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 (Foto: Rádio Nativa FM 92.5 Irituia)

O Dia Mundial de Luta Contra Raiva é celebrado nesta quarta-feira (28). O objetivo da data é conscientizar sobre as consequências da raiva humana e animal e explicar a maneira de preveni-la.

Desde 2018, o Pará não registra casos da doença em humanos. Naquele ano, houve um surto de raiva em área ribeirinha com dez casos no município de Melgaço, no Arquipélago do Marajó. Na capital, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) reitera que não há confirmação de raiva humana desde o ano de 1987. No entanto, em maio de 2022, as amostras positivas para a raiva de um morcego encontrado morto no bairro do Marco, em Belém, reacenderam preocupações com o mamífero e com a doença que pode provocar. Em todo o Estado, dois quirópteros tiveram raiva confirmada em 2022. Já entre caninos e felinos, não há casos desde 2011.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) explica que a raiva tanto em humanos como em animais é transmitida por mordidas, arranhões e salivas de animais contaminados. A vacina ainda é o único meio de prevenção da doença. A Sespa ressalta que os municípios são responsáveis pela aplicação e estratégias de vacinação.

 

O que é a raiva?

De acordo com o Instituto Evandro Chagas (IEC), a raiva é uma doença viral e infecciosa aguda, que oferece altos riscos à população por se tratar de uma doença mortal.

 

Quais animais transmitem a doença?

No ambiente urbano, a principal fonte de infecção são cães e gatos. Em outros casos, animais como morcego, raposa, guaxinim e macacos, mantém o ciclo da doença. A transmissão ocorre através da mordida desses animais, quando já estão infectados pela doença.

 

Sintomas

Em humanos

 

- Sintomas iniciais inespecíficos: febre, cefaléia, mal estar, anorexia, náusea e dor de garganta

- Alteração da sensibilidade no local da mordedura: formigamento, queimação, adormecimento, prurido e/ou dor

- Sinais e sintomas de comprometimento do Sistema Nervoso Central: ansiedade, inquietude, desorientação, alucinações, comportamento bizarro e convulsões. Hidrofobia caracterizada por espasmos e dificuldade de deglutição até da própria saliva (sialorréia), aerofobia e fotofobia

- Agitação psicomotora e crises convulsivas alternados com períodos de torpor, podendo ocorrer paralisia ascendente. O paciente entra em coma, apresentando insuficiência respiratória e morte

 

Em animais

Os sintomas variam conforme o animal transmissor.

 

Cães e gatos

 

- Mudança de comportamento (agressividade)

 

- Dificuldade para engolir água e alimento

 

- Salivação abundante (sialorréia)

 

- Paralisia das patas traseiras

 

Morcego

 

-Desorientação, com voos durante o dia

 

-Paralisia das asas

 

Como prevenir a doença?

Dentre as medidas de prevenção, a vacina antirrábica é a forma mais eficaz contra a raiva, sendo essencial manter em dia a proteção de animais domésticos de estimação. A periodicidade da imunização deve ser informada pelo médico veterinário. Já para evitar a incidência de morcegos, a recomendação é evitar portas e janelas abertas durante à noite.

 

O que fazer em casos de ataques por animais com raiva?

De acordo com a Sesma, ao ser atacado por um animal com raiva, a primeira medida é não tocar no local do ferimento. Em seguida, deve-se procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou qualquer unidade do sistema de urgência e emergência, como UPAs e hospitais de pronto-socorro.

Nesses locais, será aplicada a dose da vacina antirrábica, além de atendimento especializado para o caso. Atualmente, 58 UBS dispõem de sala de vacina somente na capital.

O IEC ainda informa que, até então, não há tratamento específico para esses casos.

 

Ao encontrar animais mortos, o que fazer?

Em caso de se deparar com morcegos ou qualquer outro animal morto, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vinculado à Sesma, deve ser acionado pelo telefone (91) 3344-2350.

A recomendação feita pela Sesma é não tocar no animal morto. O recolhimento deve ser feito por técnicos especializados.

 

Fonte: OLiberal




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