De volta à normalidade após dois anos sem a realização das grandes procissões, devido à pandemia da Covid-19, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré carrega em cada rosto dos mais de 2, 5 milhões de romeiros, relatos emocionantes de superação, fé e devoção à padroeira de todos os paraenses. Seja para pedir ou agradecer, o sentimento é o mesmo no coração de cada promesseiro.
Conhecido por acompanhar a procissão vestindo uma túnica repleta de caranguejos vivos, o pescador Raimundo Santos veio novamente da cidade de Colares, distante 104 quilômetros de Belém, para percorrer todo o trajeto da procissão ocorrida neste domingo (09), que saiu da Catedral da Sé, no Bairro da Cidade Velha, até a Basílica Santuário, no bairro de Nazaré, no qual agradeceu à graça alcançada em favor da saúde do filho.
No ano de 1995, seu Raimundo esteve pela primeira no Círio, e por conta da indumentária - que segundo ele, pesa mais de 90 kg - logo chamou bastante atenção. De acordo com o pescador, na ocasião o pedido era pela recuperação de uma enfermidade do pequeno garoto, que teve problemas no nascimento. O promesseiro também conta que durante os cinco anos seguintes, ele repetiu a promessa até a cura definitiva.
Passados 22 anos, o devoto novamente retorna à capital paraense para agradecer a vida do filho que hoje é enfermeiro e cuida de outras vidas, realizando o bem através de sua profissão. Sobre a roupa dos caranguejos, seu Raimundo disse a roupa de caranguejos usada na procissão, já se encontra no museu do Círio. Ele também informou que tal qual os demais promesseiros, a roupa usada neste domingo também ficará no local.
Fonte: Magno Fernandes/DOL