A Secretaria de Saúde (Sespa) informou que há 56 casos confirmados de Monkeypox no Pará, residentes do município de Belém (37), Ananindeua (09), Santarém (04), Marituba (02), Barcarena (01), Paragominas (01), Marabá (01) e Acará (1).
Outros 87 casos foram descartados. Ainda, 6 casos suspeitos seguem em investigação, residentes de: Belém (03), São Miguel do Guamá (01), Santarém (01) e Marituba (01). O acompanhamento e monitoramento dos pacientes são feitos pelas secretarias de saúde municipais.
A Secretaria informa que instituiu uma Sala de Situação para acompanhamento dos casos e orientações de acordo com o cenário epidemiológico, realizou várias capacitações para os profissionais de saúde e mais recentemente divulgou uma cartilha com orientações sobre o assunto para profissionais da saúde e população em geral.
Até o último domingo, 16, o Brasil totalizava sete mortes por varíola dos macacos. Foram registrados dois óbitos em Minas Gerais e três no Rio de Janeiro, além dos dois em São Paulo. Os pacientes também tinham comorbidades, o que aumenta os riscos para complicações pela doença.
Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, atualizado até 14 de outubro, o país tinha 8.652 casos confirmados de varíola dos macacos e 4.894 em investigação.
A vacina é essencial para prevenir a doença. O Brasil recebeu no último dia 4 o primeiro lote de vacinas contra a varíola dos macacos. São 9.800 doses, que serão utilizadas em um estudo. Ao todo, o Ministério da Saúde encomendou 50 mil doses por meio da Opas (Organização Pan-Americana para a Saúde), braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) nas Américas. Porém, ainda não há previsão divulgada para distribuição de doses contra a doença no Brasil.
CARTILHA
Com o objetivo de esclarecer e tirar dúvidas da população e profissionais de saúde sobre o vírus Monkeypox (MPX), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) lançou a cartilha “Monkeypox-Conhecer para Prevenir”. O material, disponível de forma digital, contém informações sobre a doença, sua forma de transmissão, sintomas, forma de prevenção, além de orientações sobre a rede de atendimento para o paciente que apresenta os sintomas da doença.
Sobre a forma de transmissão, a cartilha esclarece que o paciente precisa ter contato direto com lesões de pele da pessoa infectada, objetos e superfícies contaminadas (roupas, toalhas, lençóis) e contato direto com as secreções, seja ele próximo e prolongado. Entre os sintomas estão febre, dor de cabeça, dor no corpo, inchaço nos gânglios (íngua).
“É importante que as pessoas saibam que a transmissão da doença acontece entre humanos. O macaco não tem culpa. Por isso, não há justificativa para maltratar animais”, reforçou a enfermeira e coordenadora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs),Veronilce Borges.
Fonte: DOL