Geraldo Magela de Almeida Filho é acusado de participação na morte de Alberto Xavier Leal, conhecido como cabeludo, o qual seria um dos articuladores da morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, de acordo com a Polícia Civil (PC). A religiosa foi assassinada em 2005, no município de Anapu, no Nordeste do Pará, um crime que chocou ambientalistas de todo o mundo.
Mesmo sem a presença do acusado no banco dos réus, a sessão começou, durante a manhã desta segunda-feira (07). O réu atuava como técnico agrícola, autorizado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), avaliando terras para assentamentos. A família do acusado nega qualquer envolvimento dele com o crime.
“Meu irmão não tem participação em nenhum crime, até porque ele sempre ajudou as pessoas e a vítima morava em assentamento também. Até hoje ele sofre ameaças e hoje pode ser condenado por um crime que não cometeu, nem participou”, contou Vilani Almeida, irmã de Geraldo.
A motivação das mortes foram os conflitos por terra na região de Anapu. Segundo as investigações da PC, o acusado teria ido até a casa de Alberto, chamado a vítima e um agricultor, identificado como Cláudio. Após isso, teria efetuado vários disparos nas costas de cabeludo. A família do réu informou que isso não seria possível devido a distância das áreas citadas no processo.
"Era muito distante o local que meu irmão estava e para onde mataram o cabeludo. Isso foi armado para tirar a culpa de quem realmente tem”, finalizou.
Pela manhã um perito criminal e seis testemunhas, sendo quatro de defesa, foram interrogados. A previsão é que até o fim da tarde desta segunda-feira saia a sentença. O assassinato da irmã Doroth Stang ocorreu na manhã do dia 12 de fevereiro de 2005, Alberto Xavier Leal, o Cabeludo, foi morto no mesmo dia, à noite.
Fonte: Paula Marrocos com informações de Wellington Jr/RBATV/DOL