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Dia do Bombeiro Paraense é celebrado nesta quinta-feira (24)

Publicada em 24/11/22 às 08:55h - 31 visualizações

por Rádio Nativa FM 92.5 Irituia


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 (Foto: Rádio Nativa FM 92.5 Irituia)

O Dia do Bombeiro Paraense é celebrado nesta quinta-feira (24) e marca os 140 anos de fundação da corporação que se destaca em atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos.

A atuação da corporação inspira meninos como o Arthur Silva, de 6 anos. Ele é apaixonado por tudo o que se refere aos bombeiros. A admiração é tamanha que a instituição militar foi tema de aniversário de Arthur, que visitou a guarnição, na fase mais crítica da pandemia, no ano passado. Na época, ele conheceu as instalações do Comando Geral, no bairro de Val-de-Cans, em Belém. “Pensei em ser bombeiro quando eu crescer para salvar pessoas na praia, apagar o fogo e também ligar a sirene. Eu já fui lá onde eles trabalham e bati fotos. É bem pertinho daqui. Eles vieram no meu aniversário, tinha bolo e bombeirinho. Eu também tinha um caminhão de pedalar dos bombeiros”, recorda Arthur.

Apesar da idade, Arthur já sabe o que fazer em casos de incêndio. “Eu vou pegar a mangueira e ligar na direção do fogo. Se tiver alguém se afogando, vou pegar meu barco de salva-vidas e jogar a boia para pegar a pessoa. Se tiver um gatinho em uma árvore, vou usar a minha escada para pegá-lo”, conta ele.

O amor pela corporação começou aos três anos, quando a família viu um caminhão dos Bombeiros durante um jogo de futebol. “O rapaz deixou ele fazer tudo lá dentro, no painel, e ele pediu que o tema do próximo aniversário fosse dos Bombeiros. Só que veio a pandemia e entramos em lockdown“, lembra a mãe Thayse Silva.

Na época, ela contou com a ajuda de um casal de amigos que entrou em contato com a corporação para tentar uma visita à casa da família, já que havia restrições para eventos. “Eles fizeram uma surpresa linda, não podíamos nos aproximar, mas deu tudo certo. Ele vê tudo que é dos Bombeiros na internet, adora caminhões vermelhos, quando passam aqui na frente ele logo identifica”, acrescenta Thayse.

Para o pai, Alberto Santos, agente de portaria, é motivo de orgulho ver o cuidado com o próximo nas atitudes do filho. “A gente fica assim emocionado com o Arthur e a criança que ele é. Ele tem uma família muito grande, com pessoas muito unidas e que têm esse laço familiar muito forte. É onde vemos o comprometimento e acolhimento, importantes para o desenvolvimento dele como pessoa. O tio dele passou no concurso dos Bombeiros e acredito que ele será um espelho, um incentivo a mais”, destaca Alberto.

 

Ato de Bravura

Ver a admiração das crianças como Arthur é também se enxergar no passado, como explica o sargento Barbosa, bombeiro promovido após salvamento em uma tentativa de suicídio, na Região Metropolitana de Belém.

“A gente olha lá atrás, quando criança também. E se alegra vendo a viatura passar, os guerreiros do fogo fardados, atendendo, cumprindo a sua nobre missão e a mensagem que eu tenho para passar é que a criança busque o seu sonho de fazer parte dessa corporação que é uma nobre missão de servir à sociedade”, comenta o sargento Barbosa.

A promoção também é um reconhecimento da própria corporação em situações complexas, de valorização do servidor. "Costumo dizer que a gente sempre sai para uma missão com o intuito de ajudar e fazer o nosso melhor, conforme o treinamento que a instituição nos proporciona. Quando a gente tem êxito em uma ocorrência complexa de salvamento em altura como ela se apresentou, teve uma proporção muito boa para toda a corporação, em meio à sociedade. Os nossos superiores acharam por bem nos agraciar com essa benção, deram essa promoção por bravura devido a um ato fora do comum que deu certo. Eu me sinto muito gratificado por isso, feliz junto à minha família e toda a corporação”, acrescenta o sargento Barbosa.

O trabalho em equipe é um dos princípios norteadores do Corpo de Bombeiros Militar do Pará. Sargento Mesquita, bombeiro que comandava a equipe na missão também foi promovido e comenta o episódio.

“A relação de equipe é um protocolo nosso, já faz parte do nosso serviço. Você não trabalha só, sempre tem que estar um acompanhando o outro, em qualquer situação. Seja na água, no ar, sempre tem que ter alguém do seu lado para, caso precise, você tem o apoio e, se estiver só, pode se tornar uma vítima juntamente com a pessoa que está tentando salvar. É muito gratificante porque você vê o seu treinamento, fruto do seu trabalho, no dia a dia, se prepara para qualquer situação como essa e deu tudo certo. É muito gratificante ser reconhecido pelo que você fez”, afirma o sargento Mesquita.

 

140 anos de serviço à sociedade

Com 140 anos de fundação, o Corpo de Bombeiros Militar do Pará iniciou no período imperial, em 1882, por D. Pedro II, o patrono da instituição. Inicialmente autônoma, a corporação chegou a ser vinculada à prefeitura municipal e à Polícia Militar, até os anos 1990 quando começou a ter autonomia administrativa.

Coronel Hayman Apolo Gomes de Souza, comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, lembra alguns episódios na região metropolitana que marcam essa história. “O desabamento do (edifício) Raimundo Farias, em 1987, que ceifou 39 vidas. Em 2011, o desabamento do (edifício) Real Class com três falecidos. Tivemos alguns incêndios importantes como o da Casa Chamma, durante o Círio de Nazaré em 2002, o do Bechara Mattar, em 1999, além dos prédios do Tribunal e do INSS”, cita o comandante geral.

 

Fonte: OLiberal




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