Carlos Alberto Aguiar, de 27 anos, encerra o ano com muitos motivos para comemorar. Trabalhando como vendedor de paçoca desde 2020, ele teve a vida transformada ao ser contratado para atuar no setor de call center da Policlínica Metropolitana, localizada em Belém, em outubro deste ano.

“Meu ponto de venda era na esquina da Dr. Freitas com a Almirante Barroso, bem próximo à Policlínica. Por conta disso, comecei a conhecer as pessoas que trabalhavam lá. Até que o motorista da unidade disse que eu poderia entregar o currículo e participar da seleção para uma vaga. Foi então que fui acionado pelo RH”, lembrou Carlos.

O diretor executivo da unidade, Anderson Albuquerque, foi quem notou Carlos pela primeira vez. “Ele nos chamou atenção por sua determinação. Mesmo em dias de chuva, ele estava lá, vendendo sua paçoca. Resolvemos dar essa oportunidade, onde ele passou por todas as etapas do processo seletivo, até ser contratado”, afirmou o gestor.

Portador de uma doença motora desde que nasceu e que lhe ocasionou uma deficiência nas pernas, Carlos Alberto nunca pensou em desistir. Para ele, conseguir juntar dinheiro era a prioridade. “Eu recebia um benefício desde 2015, mas em 2020 cortaram o recurso devido a renda da minha irmã ficar registrada no meu cadastro social. Foi aí que pedi R$ 50 emprestado para minha ex namorada e passei a vender paçoca todos os dias, de 07 da manhã até as 18h”.

 “Coloquei uma meta. Tinha que vender até 12 caixas de paçoca por semana, assim conseguiria pagar minha faculdade. E eu consegui. Só não sabia que desse trabalho na rua, as pessoas me enxergariam, como os funcionários da Policlínica e hoje meu chefe”, ressaltou o profissional. Além de ser contratado para atuar na equipe de call center da PoliMetropolitana, Carlos concluiu a faculdade de Educação Física no início do mês de dezembro.

Mesmo não sendo a sua área de atuação, ele espera, na Policlínica, aprender a lidar com o mercado de trabalho e se fortalecer como profissional.

Uma nova vida

Este é o segundo emprego de carteira assinada de Carlos Alberto. Após sofrer muito preconceito em seu primeiro emprego, precisou abandonar. “Sair das ruas é minha maior satisfação. Não ficar exposto aos riscos de acidentes, de pegar sol e chuva. Esse emprego mudou a minha vida. Hoje, todos me respeitam e me deram uma oportunidade de apresentar. Estou construindo um futuro. Agora, irei ajudar os meus pais com o suor do meu trabalho. Vou comprar minhas roupas, minhas coisas”.

“Passar o Natal e virar o ano empregado é uma felicidade sem igual. Estou realizado. Muito otimista com essa nova etapa. Agradecido a Deus e a Policlínica por ter me tirado da rua e me dar essa oportunidade”, finalizou o profissional.

Oportunidades – Além de servir como uma unidade estratégica em diagnóstico de média e alta complexidade, com mais de 20 especialidades médicas, a Policlínica Metropolitana atua em parceria com o Governo do Estado na geração de diversas vagas de empregos. Atualmente, uma média de 200 colaboradores trabalham na unidade.

Para o secretário de Saúde do Pará, em exercício, Ariel Sampaio, fomentar emprego e renda é fundamental para garantir o crescimento econômico do estado, além de uma saúde de qualidade. “A atuação de nossos profissionais de saúde é essencial para continuar oferecendo um serviço de qualidade e completo. Por isso, por meio da Policlínica, conseguimos, além de uma inclusão social, disponibilizar vagas nos mais variados setores que a unidade oferece”, pondera o secretário.

A Policlínica Metropolitana está localizada na avenida Almirante Barroso, entre a avenida Dr. Freitas e a travessa Perebebuí, no bairro do Marco, em Belém.

Fonte: Agência Pará