O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), foi convidado a integrar a comitiva do governo brasileiro no evento. Além de participar de debates, que vão desde o financiamento para a bioeconomia na região Amazônica até o tema que aborda a retomada do crescimento com sustentabilidade fiscal e ambiental e justiça social, Helder vai tratar de soluções que possam compatibilizar o meio ambiente e a Amazônia com o desenvolvimento da economia global, e, particularmente, o desenvolvimento social com emprego e renda para a região.
Helder faz parte da comitiva brasileira que tem a ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, Marina Silva, como interlocutora brasileira sobre o tema. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai tratar debater os novos rumos da economia brasileira a partir do novo modelo proposto pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no painel “Brasil: um novo roteiro”.
Pela programação oficial do Fórum, os representantes brasileiros participam de um painel especial “Brasil: Um Novo Roteiro”, marcado para às 13 horas (horário local) desta terça (17). Um dos temas a ser discutido é “A Amazônia em uma encruzilhada”, onde serão discutidas propostas para a região e terá a ministra Marina Silva como principal debatedora.
“É o segundo ano consecutivo que posso ir como governador do Pará, com muito orgulho, e agora também como presidente do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal para poder falar da Amazônia e, acima de tudo, fazer a convocação para que cada vez mais possamos discutir a bioeconomia, a biodiversidade, um modelo de desenvolvimento sustentável e social para nossa região”, informou o governador do Pará já na Suíça, em vídeo publicado na segunda-feira (16), nas redes sociais.
“E aqui, onde os maiores líderes da economia do planeta se reúnem e debatem estratégias para o presente e o futuro, nada melhor do que falar da nossa região e construir soluções que possam compatibilizar o meio ambiente e a nossa Amazônia com o desenvolvimento da economia global, e particularmente o desenvolvimento social com emprego e renda”, completou.
A agenda que terá o Pará e estados da Amazônia Legal como principal foco de debate inclui painéis sobre “Aquecimento extremo e resiliência” e “Caminhos para entregar uma bioeconomia sustentável na Amazônia”.
Os eventos pretendem discutir propostas para que o setor de serviços financeiros possa mobilizar capital institucional e privado para promover estratégias de resiliência ao calor extremo e financiar esforços vitais de mitigação. Já o painel de bioeconomia discutirá a transição para uma floresta viva e bioeconomia sustentável na Bacia Amazônica.
Os participantes debaterão possíveis caminhos de financiamentos, incluindo mecanismos de eliminação de riscos, e como abordagens bem-sucedidas podem ser usadas na Amazônia para agregar benefícios para pessoas e o planeta.
ESPAÇO
O secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, disse que a expectativa em relação ao Fórum Econômico Mundial é a melhor possível, “já que esse ano o governo [federal] irá em outra posição”.
“Teremos espaço de fala em eventos maiores no Fórum, e tratando do combate ao desmatamento e da estratégia de bioeconomia. Mas tratando de uma forma diferente, pois o momento não é mais de apresentar, e sim de oferecer oportunidades de investimentos e negócios”, anunciou o secretário.
Além dos compromissos sobre as questões climáticas e sustentabilidade, o governador Helder vai participar também de aproximadamente 20 agendas bilaterais. Informações divulgadas pelos organizadores do evento revelam que o Fórum Econômico Mundial está empenhado em apoiar os esforços globais nos setores público e privado para limitar o aumento da temperatura global e evitar desastres.
“Nosso objetivo é trabalhar com líderes para aumentar os compromissos climáticos, colaborar com parceiros para desenvolver iniciativas privadas e fornecer uma plataforma para que inovadores realizem suas ambições e contribuam com soluções”, informa o folder sobre a programação.
Fonte: Luiza Mello/Diário do Pará/DOL