O Pará registrou 6.719 possíveis casos de dengue em 2022 - que são os confirmados e os sob análise, conforme evidenciou o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), que monitora casos de arboviroses no Brasil. O documento também aponta que a região teve 344 casos de chikungunya e 101 de zika. As três doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. Entre os sete estados da região Norte, o Estado é o terceiro com maior número de casos.
Ainda no Norte do país, o estado do Tocantins é o que tem o maior número de casos de dengue (22.598); seguido de Rondônia (13.557); Pará (6.719); Amazonas (5.440); Acre (3.730); Amapá (276); e, por último, Roraima (84). A incidência de diagnósticos de dengue na região está em 277,2 por 100 mil habitantes.
Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em meados de janeiro deste ano, apontaram que no Pará foram diagnosticadas com dengue, ano passado, 4.620 pessoas, um aumento de 150,2% em relação ao número de casos registrados em 2020. Neste intervalo de tempo, cerca de 10.679 pessoas foram acometidas pela doença. Segundo a assessoria de comunicação do Ministério da Saúde, a diferença entre o levantamento da Sespa é o do MS é porque o estudo do governo federal engloba “possíveis casos ou prováveis casos”, ou seja, os casos que ainda estão em investigação.
Cenário nacional
A nível Brasil, quando os dados são comparados com 2021, todas as arboviroses apresentam aumentos preocupantes: a dengue com crescimento de 162,5% nos registros, a chikungunya com 78,9% de crescimento e a zika com 42% a mais de casos prováveis. Não existem medicamentos contra o vírus da dengue, zika e chikungunya e nem vacina preventiva, por isso, a participação da sociedade é fundamental no processo de prevenção contra o Aedes aegypti.
Como prevenir?
A medida mais efetiva é a eliminação das condições de reprodução do mosquito. O combate ao mosquito é feito com ações simples.
O que fazer para evitar a reprodução do mosquito?
retirar galhos e folhas das calhas,
guardar as garrafas viradas com a boca para baixo,
guardar os pneus em locais cobertos,
manter em dia a manutenção das piscinas,
tapar os tonéis e caixa d’água,
manter as lajes limpas,
preencher os pratinhos de plantas com areia,
esticar as lonas de proteção para evitar o acúmulo de lixo,
limpar a bandeja de ar-condicionado,
fechar bem os casos de lixo.
Saiba como identificar as doenças
Existem diferenças nos sintomas que podem ajudar na distinção das doenças. A dengue se destaca por dores no corpo e a chikungunya por dores e inchaço nas articulações. A zika costuma apresentar febre mais baixa (ou ausência de febre), manchas na pele e coceira no corpo.
Fonte: Emilly Melo/OLiberal