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Cesta básica está mais cara em Belém: veja o que aumentou

Publicada em 31/01/23 às 13:02h - 24 visualizações

por Rádio Nativa FM 92.5 Irituia


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 (Foto: Rádio Nativa FM 92.5 Irituia)

Uma pesquisa nacional realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) coloca Belém, no Pará, na 12ª posição na lista das capitais com o preço da cesta básica mais caro do Brasil. Com os valores atuais, o paraense precisa gastar um pouco mais para ter o essencial, R$ 632,26 por cada unidade, segundo o Dieese.

Entre os 12 itens que compõem a cesta básica, segundo o Dieese, o café em pó apresentou uma alta de 20,20% entre dezembro de 2021 e 2022. No mesmo período, outro item que sofreu reajuste foi o pão francês, que, com a alta da farinha de trigo passou a custar 28,90% a mais ao consumidor, além do óleo (6,87%).

O preço da cesta básica aumentou no ano de 2022 em todas as 17 capitais onde o DIEESE realiza a pesquisa nacional da cesta básica. A capital paraense é a mais cara na região Norte e está em 5º no ranking nacional. Na foto, Eliana Peixoto, 49 anos, telefonista.

O preço da cesta básica aumentou no ano de 2022 em todas as 17 capitais onde o DIEESE realiza a pesquisa nacional da cesta básica. A capital paraense é a mais cara na região Norte e está em 5º no ranking nacional. Na foto, Eliana Peixoto, 49 anos, telefonista. |Wagner Santana

Na lista estão ainda o arroz e o feijão, queridinhos da maioria dos paraenses. Uma relação amorosa antiga, mas que anda meio estremecida e um tanto quanto salgada. A telefonista Eliana Peixoto, 49, tenta achar explicações para os preços nas gôndolas, mas enquanto não encontra uma resposta, o jeito é colocar em prática a melhor estratégia: a pesquisa. “Tem que pesquisar pois não tá fácil segurar esses custos no caixa”, declarou.

“A pesquisa tem sido a principal opção para economizar, ou seja, vou de um supermercado para outro para tentar encontrar o melhor preço. Outra coisa que tenho percebido é o uso cada vez mais constante de placas de promoções nos supermercados, então quando vejo uma vou logo ver o que é para saber se preciso ou não”, completou.

De acordo com os dados locais divulgados pelo Dieese Pará, o custo de vida dos paraenses é considerado alto e fica entre os maiores do país, puxado principalmente pela alta no preço dos alimentos. Com o preço da cesta básica atualmente, ante ao salário mínimo de R$ 1.320, o trabalhador fica com a renda comprometida em 47%, apenas com alimentação.

 

CAMPANHA

“É mais fácil perguntar ‘o que não tá mais caro’, pois o oposto já posso responder: ‘tudo está’. Principalmente o café, feijão e a carne são os itens que sempre apresentam um preço diferente de um mês para o outro. No meu caso, tento buscar dias da semana que são específicos para determinados produtos para ver se consigo um preço melhorzinho”, afirmou Regina Melo, 40.

O que a autônoma quis dizer é que as campanhas criadas pelos supermercados acabam sendo uma saída, como as famosas “terça da peixe”, “quarta da verdura”, “quinta da carne”, entre outros. “E assim vamos fazendo as nossas compras todos os meses. Abrindo mão de algumas marcas melhores por outra inferiores, mas sempre mantendo uma qualidade dos itens que vamos colocando nos carrinhos”, concluiu Regina.

 

PARA ENTENDER

Reajustes

-De janeiro a outubro de 2022, a alta acumulada foi de quase 17% na cesta básica em Belém, percentual que representa mais que o dobro da inflação calculada em 7,19%, calculado sobre o Índice de Preços no Consumidor (INPC). “No Natal e no Ano Novo os preços foram para as alturas, mas o detalhe é que foram poucos os que baixaram após esse período”, pontuou a bancária Márcia Avis, 56.

-Só no mês de dezembro, os produtos que subiram de preço foram: o tomate em primeiro lugar na lista, com uma alta expressiva de 14,36%. A relação segue com o óleo de soja, com 13,81%; em seguida a farinha de mandioca com 9,85% a mais; posteriormente o arroz marcando 1,83%; a banana cresceu 1,18%; açúcar registrou um crescimento de 0,69%; feijão com 0,64%; por fim o café com alta de 0,17%.

A explicação para as constantes disparadas de preços está na sazonalidade dos produtos, fatores ligados à comercialização, altas nos custos de produção, dos combustíveis e consequentemente no transporte. “Tudo isso foi afetado, em certas medidas, pelo efeito da pandemia, e principalmente em função das complicações da guerra entre Rússia e Ucrânia”, pontuou Everson Costa, técnico do Dieese/PA.

“Por que a inflação não poupou os alimentos no ano passado? Isto reflete no aumento dos custos de maneira generalizada da nossa economia, como por exemplo, alta na energia elétrica, combustível, produção da indústria e do campo, importação de equipamentos e insumos, então isso acabou fazendo com que o valor final dessas mercadorias acompanhasse a inflação”, destacou Everson.

Para 2023, a tendência é que os produtos sofram novas altas nos preços nos próximos meses, no entanto, tudo indica que essa trajetória seja em um ritmo menor e deve trazer reajustes menores. “A própria indústria de alimentos e o setor agropecuário sinalizaram que a expectativa é de que os custos de produção neste ano tenham preços mais equilibrados”, frisou o técnico do Dieese/PA.

 

Fonte: Diego Monteiro/DOL




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