A força-tarefa do Governo do Estado, determinada pelo governador Helder Barbalho, continua no município de Oriximiná atuando no mapeamento das áreas mais atingidas pelos fortes temporais que vêm atingindo a região nos últimos dias. De acordo com a Defesa Civil Municipal, entre os dias 16 e 20 de fevereiro, choveu no município o equivalente a 189.40 milímetros, volume considerado a cima da média para os parâmetros anteriores.
Nesta manhã de terça-feira (21), a comitiva do governo visitou os três pontos considerados críticos até o momento. No bairro residencial “Tia Ana”, a concretagem da rua Antônio Macaxeira não suportou a força das águas durante a madrugada de hoje. O local foi interditado pela Defesa Civil por medida de segurança. Não houve vítimas e uma casa que fica às margens da via passará por vistoria. No bairro Novo Horizonte, uma obra de galeria pluvial não suportou o grande fluxo hídrico e foi arrastada pelas águas. Não houve vítimas, apenas danos estruturais. No bairro Penta II, a enxurrada abriu uma nova rota de escoamento no meio da décima oitava Rua, impossibilitando a passagem de veículos e pedestres.
"Mapeamos as áreas de risco pela necessidade de ser feito um trabalho de drenagem e tem que haver uma intervenção emergencial para que se minimize os impactos, danos e prejuízos aos moradores no entorno dessas estruturas de drenagem. O nosso papel como Defesa Civil é orientar também o poder público local no sentido de que, possa produzir seus processos para buscar recursos tanto a nível estadual quanto federal. Isso foi feito ontem, estivemos reunidos com a equipe da gestão municipal, assessorando na elaboração do decreto de situação de emergência dentro do regramento, já encaminhamos para a Defesa Civil nacional e ainda pouco recebi o retorno do secretário nacional de defesa civil informando que já está em análise o processo de Oriximiná para reconhecimento por parte do Governo Federal e a partir daí, os aportes financeiros necessários para as obras de infraestrutura em algumas estruturas do município que levam comprometimento e risco-país moradores em seu entorno", explicou o coronel Jayme Benjó, Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros.
Ainda segundo Benjó, dentre as intervenções previstas no município estão a retirada de famílias que estejam desalojadas ou desabrigadas, para serem resguardadas em abrigos ou que recebam o Aluguel Social, que são previsões de assistência em caso de desastres com enchentes ou inundações.
Trabalho integrado - A força-tarefa, integrada por órgãos que compõem a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e a Secretaria Regional de Governo, realiza o mapeamento das áreas atingidas, o número de vítimas e o impacto estrutural no município, que fica localizado a cerca de 800 quilômetros da capital, Belém. De forma célere, os agentes das forças de segurança pública do Pará desembarcaram em Oriximiná ainda nas primeiras horas desta segunda-feira (20), e iniciaram os deslocamentos até as áreas afetadas mais afastadas.
Articulação nacional - No intuito de reduzir os dados causados pelo inverno amazônico na região da Calha Norte, o governador Helder Barbalho determinou uma ação integrada das secretarias estaduais para dar assistência à população atingida e solucionar de forma célere os estragos. Em sua rede social, o chefe do Executivo também destacou o apoio do governo federal nas ações.
“O ministro (das Cidades) Jader Filho, o ministro Waltez Góes (da Integração e Desenvolvimento Regional), estão unidos para que juntos possamos atender o quanto antes, e acima de tudo diminuir os impactos dessas chuvas", afirmou.
Assistência social - Além do trabalho defensivo, o governo estadual já atua na assistência às famílias atingidas. O titular da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) está na comitiva governamental auxiliando a gestão municipal com a solicitação de recursos.
"Estamos aqui para evitar que outras famílias sejam atingidas diretamente. O inverno está apenas começando e precisamos atentar para isso. As três esferas do poder público vão atuar para que isso não vire uma situação de calamidade pública”, pontou o titular da pasta.
De acordo com o secretário regional de Santarém, José Maria Tapajós, o empenho de todas as esferas no governo tem sido fundamental pra mitigar o desastre ambiental.
"Ainda é possível com investimentos de infraestrutura, saneamento e drenagem evitar que famílias passem a ser atingidas mais diretamente. O inverno está só começando, teremos ainda março, abril e um pouco de maio e a velocidade com que a água vai abrindo essas erosões é muito grande. Fomos comunicar isso ao governador e é necessário que o poder público, nas três esferas, atue fortemente pra que isso não vire uma situação de calamidade pública, pois são erosões imensas, que com pouco mais de chuva elas vão atingir as casas.
Uma das coisas que gosto nesse nosso governo, na figura do governador, é que ele nunca foge do problema, ele busca a solução e nos enviou equipes para isso, pra gente observar e verificar o que está acontecendo in loco. Não temos vítimas fatais, mas já tem desabrigados e se não se fizer algo, logo teremos problemas muito sérios", declarou.
Fonte: Agência Pará