No município de Abaetetuba, na Região de Integração Tocantins, a força-tarefa do Governo do Pará continua monitorando as áreas de risco e auxiliando as famílias que perderam suas casas e outros pertences devido a um deslizamento de terra. Na manhã desta quarta-feira (01), o Estado também iniciou o cadastramento das famílias atingidas ao Programa “Recomeçar”.
O recurso, no valor de um salário mínimo (R$ 1.302,00), pago em parcela única pelo Banco do Estado do Pará (Banpará), é destinado à recomposição dos danos estruturais em moradia e/ou em bens de uso doméstico, e será pago até o fim desta semana, em caráter de urgência.
Ainda nesta quarta-feira, equipes do Corpo de Bombeiros Militar monitoraram o trabalho dos técnicos da Equatorial Energia, concessionária de energia elétrica, para a reestruturação de uma torre de transmissão que tombou na área em virtude da movimentação da terra após o deslizamento.
Por causa do tombamento da torre, cerca de 450 moradores das ilhas de Sirituba e Tabatinga estão sem energia desde o último domingo (26). Mergulhadores dos Corpo de Bombeiros inspecionaram o trabalho dos técnicos da concessionária. Uma balsa e um guindaste foram utilizados para estabilizar a estrutura. O trabalho deve ser concluído nos próximos dias.
Prevenção - À tarde, a Defesa Civil Estadual isolou três residências que ficam às margens do Rio Maratauíra, em Abaetetuba. As casas de madeira foram desocupadas por medida de segurança. Os imóveis ficam no “polígono de risco”, delimitado pelas autoridades por causa dos deslizamentos de terra que atingiram os bairros São José e São João, na área portuária da sede municipal.
Com isso, sobe para 111 o número de casas interditadas. Quase 360 pessoas, entre crianças e idosos, sofrem as consequências do deslizamento, que começou na última sexta-feira (25). As famílias residentes nesses imóveis já foram realocadas e encaminhadas para inscrições em programas de assistência social.
“Nós estamos monitorando a região desde o sinistro, e todas as residências que ficam no perímetro onde ocorreu o deslizamento do solo. Em conjunto com a prefeitura, a Defesa Civil municipal e agentes do serviço geológico do Brasil, verificamos que essas residências estavam com as estruturas comprometidas. Não sabemos se é devido ao evento recente, mas por prevenção incluímos elas no “polígono de risco”, informou o subcomandante do 15° Grupamento de Bombeiros de Abaetetuba, major Sidney Perna. Ele adiantou que todas as famílias terão direito à assistência oferecida pelo Governo do Pará e pela Prefeitura de Abaetetuba.
Celeridade - o governador Helder Barbalho e a vice-governadora Hana Ghassan, ao lado de secretários estaduais e autoridades municipais, visitaram as áreas atingidas ainda na segunda-feira (27).
O chefe do Executivo estadual determinou celeridade nas ações de apoio às famílias, bem como diálogo contínuo com entidades inseridas no processo de reestruturação. Fazem parte das ações o Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar, Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e Companhia de Habitação do Pará (Cohab).
Fonte: Agência Pará