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Estado e setor produtivo anunciam avanços na rastreabilidade da produção agropecuária

Publicada em 30/05/23 às 11:24h - 24 visualizações

por Rádio Nativa FM 92.5 Irituia


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 (Foto: Rádio Nativa FM 92.5 Irituia)

Detentor do segundo maior rebanho bovino do Brasil, o Pará tem uma importância significativa para a segurança alimentar do Brasil e de muitos outros países. Os avanços e desafios na comercialização foram temas centrais da reunião de trabalho da indústria da carne paraense, promovida pela União Nacional da Indústria e Empresas da Carne (Uniec). O SeloVerde 2.0 e o Sistema de Restauração Florestal (Sirflor) foram apresentados na reunião pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), nesta segunda-feira (29), no Palacete Faciola, em Belém.

Durante o evento, o coordenador do Movimento na Aliança Paraense pela Carne, Francisco Victer, agradeceu os esforços do Governo do Pará para fortalecer a cadeia produtiva, gerando emprego, renda e alimento à população. “Nós queremos agradecer ao governador, que em sua gestão alcançou o protagonismo ambiental, que o fez receber o convite para dialogar com o rei da Inglaterra. Agradecer também o fato de ter feito a construção e reconstrução de rodovias e pontes que ajudam diretamente no transporte do gado, no apoio à habilitação para exportar à China, ao decreto que regulamenta os incentivos fiscais para pesquisa tecnológica, o apoio ao projeto Pecuariando, além de colaborar para a agenda ESG do agronegócio paraense”, destacou Francisco Victer.

Presente ao encontro, o governador Helder Barbalho ressaltou que “nós temos tido êxito nas soluções fundamentalmente de forma conjugada, e temos trabalhado todos para darmos o devido encaminhamento. Se não houvesse essa sintonia, certamente haveria um complicador para um grande sucesso”.

Entre as próximas melhorias a serem alcançadas estão a recuperação das rodovias federais no Pará. “O Estado é facilitador do processo, e nos coloco à disposição para fazer a interlocução com o Governo Federal. Já há uma previsão para o melhoramento logístico rodoviário, e vamos agir para que haja a habilitação de novas plantas frigoríficas”, assegurou o governador.

Requalificação - O Sirflor, sistema construído pelo setor privado e reconhecido pelo poder público, permite uma rápida requalificação comercial do produtor rural que esteja eventualmente impedido de vender no mercado da carne. O sistema permite ainda que o produtor consiga se requalificar comercialmente enquanto conduz seu processo de regularização ambiental.

Na última semana, o Sirflor foi integrado à plataforma de rastreabilidade SeloVerde, do Governo do Pará, gerando mais segurança ao produtor.

O secretário adjunto de Gestão de Recursos Hídricos e Clima, Raul Protázio, expôs as ferramentas para rastreabilidade e transparência, destinadas à cadeia da carne, desenvolvidas pelo Governo do Pará.

“O Estado tem uma plataforma que garante a transparência do produtor de carne, do pecuarista, e esta plataforma é fundamental para que o Estado tenha acesso a mercados, à segurança na demonstração da regularidade da nossa produção animal, que é o SeloVerde. Além disso, viemos falar sobre esta nova plataforma, o Sirflor, que foi recentemente homologada pela Secretaria. A plataforma começou o seu processo de integração na base de dados do Estado há aproximadamente um ano, e atualmente é reconhecida como uma política pública”, ressaltou o gestor.

Retirada da vacina – Gestores da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) também participaram da reunião. Entre outros temas debatidos estavam ações do plano estratégico de retirada da vacina contra febre aftosa.

A gerente de Defesa Animal da Adepará, Graziela Oliveira, mostrou detalhes sobre o plano e seus benefícios. “O processo de retirada da vacina exige uma interação mais estreita com todos os setores da agropecuária, e um deles é o da carne, que tem um envolvimento muito grande, até porque toda a ação de defesa realizada pelo Serviço Veterinário Oficial ela chancela a abertura de novos mercados, além da economicidade que o produtor terá. A retirada da vacina é a substituição pelos processos de vigilância, que serão intensificados", informou Graziela Oliveira.

O Estado detém o segundo maior rebanho bovino do País - 26.754.388 animais -, o que representa um crescimento superior a 6.062.288 de bovídeos em quatro anos. A retirada da vacina proporcionará economicidade ao produtor rural e possibilidades de acesso aos melhores mercados. Isso significará mais valorização para a produção paraense, incrementando a economia.

"O plano estratégico da retirada da vacina e a abertura de novos mercados foram pautas principais da reunião. A Agência de Defesa tem um amplo diálogo com a indústria da carne para construir uma defesa sanitária mais forte, e assim levarmos os produtos do Estado para o mercado externo. Vamos ter uma série de benefícios sem a vacinação em 2024, como a redução dos custos com a vacina. Mas o produtor vai continuar cadastrando e atualizando seu rebanho, para que possamos manter o controle sanitário", frisou o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo.

O Pará vem realizando, desde 2017, diversas ações para a retirada da vacina, visando alcançar o status concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que determina aproximadamente 40 ações técnicas específicas para que o Estado deixe de vacinar, entre elas realizar análise de risco epidemiológico e apresentar um fundo de emergência sanitária.

A Adepará já executou quase a totalidade das ações previstas no Plano Estratégico Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, comprovando que o grupo gestor da Agência está trabalhando efetivamente para alcançar esse status sanitário.

Os estados do Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins e Acre, e o Distrito Federal, já evoluíram nas medidas sanitárias e são considerados zonas livres de febre aftosa sem vacinação pelo Ministério da Agricultura. A expectativa é que ainda este ano o Pará seja incluído nesse status.

Entre os participantes da reunião estavam o titular da Semas, Mauro O’de Almeida; o presidente do Instituto de Terras do Pará, Bruno Kono; o secretário de Estado de  Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pará, Carlos Xavier, e outras autoridades da área.

 

Fonte: Agência Pará




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