A obra de construção da ponte de Colares, que terá 440 metros de extensão, avança com a implantação da primeira estaca dentro do rio - outras duas estacas estão implantadas na margem direita, mas fora do rio. Ao todo a ponte terá 22 estacas de 1,5 metros de diâmetro.
O governador Helder Barbalho, que fez vistorias às obras nesta terça-feira, 4, enfatizou que a chegada da ponte é um sonho esperado desde a criação do município há 60 anos, e até então, Colares é a única cidade paraense sem ligação terrestre com o continente. "Todos vocês, gerações e gerações, os avós e os bisavós, aqueles que já partiram, sempre sonharam com a possibilidade de Colares estar integrada com o continente e tivemos a oportunidade de estarmos construindo e consolidando esse sonho", explicou o governador.
A ponte de Colares será construída de forma mista em concreto e aço. Ao todo, serão investidos mais de R$ 48 milhões na obra. O vão central da ponte terá a estrutura com vigas metálicas de 60 metros e os pilares serão protegidos com defensas contra choque de embarcações. Haverá faixa para pedestres e ciclistas. Localizada no quilômetro 10 da PA-238, a ponte ficará sob o Furo da Laura, na altura da Comunidade de Penhalonga, comunidade que faz a ligação de Colares com o município de Vigia.
Para o titular da Secretaria de Estado de Transportes (Setran), Adler Silveira, trata-se de uma obra importante que vai trazer a modernidade, a rapidez, a qualidade de vida, o desenvolvimento econômico para a região. "Tirando a balsa da frente da população, diminuindo o custo daqueles que produzem aqui em Colares e, por aqui, passa a pesca, a fruticultura, a agricultura familiar, então isso fará com que a balsa não seja mais o custo, um ônus para quem produz, e com isso melhorando a qualidade de vida da população", enfatizou Adler.
Colares fica cerca de 100 quilômetros da capital paraense, Belém, e hoje seu acesso ao continente é feito por meio de balsas. Ao todo a obra gerou 100 empregos diretos e 300 indiretos, movimentando a economia do município. O operário Marinaldo Mesquita Miranda, que mora na comunidade de Penhalonga, teve a primeira oportunidade de trabalhar com carteira assinada com a obra da ponte de Colares. "Eu sempre fui de fazer bico, mas agora estou de carteira assinada com a função de ajudante habilitado, ajudo o ferreiro, ajudo o carpinteiro e na parte de alvenaria também, o que melhorou muito minha vida, já que tenho mulher e filho", disse.
O prazo para conclusão da obra é de 24 meses, mas o governador assumiu compromisso com a prefeita do município de entregar em 20 meses. A prefeita de Colares, Maria Lucimar, disse que com a ponte, o progresso vai chegar ao município. "Isso não tem preço, gente. O nosso governador trouxe nossa tão sonhada ponte para o nosso município, que tem 12 mil habitantes, mas o governador não se importou com isso. Ele trouxe pra Colares porque sabe da nossa necessidade", destacou.
O pastor Luís Henrique Pereira, que vive em Colares, destacou que o gasto com o pagamento da balsa abala as finanças de quem precisa se deslocar do município. "Fica na base de 20 reais a travessia de cada carro, 20 pra ir e 20 pra voltar, e aí conforme a quantidade de dias por mês sai um custo muito alto. Com certeza, a ponte é um sonho que já está sendo realizado e com certeza vai melhorar muito, tanto pra mim como pra população colarense", destacou.
Fonte: Agência Pará