A Polícia Científica do Pará (Pcepa) ficou em 2º lugar ou conceito de "Alto Nível", como melhor qualidade de informações sobre o controle de armas de fogo e munições, entre as polícias civil, militar e científicas que são responsáveis por essas ocorrências, em todo o Brasil, em 2022. Os dados são do Instituto Igarapé, com colaboração técnica da Open Knowledge Brasil. Por conta disso, o Pará subiu para a 4ª posição, entre todos os estados do país, em transparência e qualidade nos dados e evidências fornecidos.
O destaque da Pcepa no resultado da pesquisa se deve ao trabalho de estruturação de dados realizado pela Gerência de Inteligência da Polícia Cientifica, que se encarrega de coletar e analisar informações oriundas de vestígios periciais e repassar em forma de conhecimento de inteligência para o sistema de segurança pública. "Especificamente no caso de armas de fogo e munições, o trabalho envolve a coleta de dados de vestígios balísticos de locais de crime e cadáveres, assim como de armas encaminhadas para exames. Após serem devidamente periciados pelo Núcleo de Balística, visando à produção da prova técnica, disponibilizada em laudos periciais, a Gerência de Inteligência processa dados dos vestígios examinados para produzir informação, com foco em auxiliar o processo decisório do sistema de segurança pública, nos níveis estratégico, tático e operacional” disse o perito criminal Mário Guzzo, gerente de inteligência da Pcepa.
Reaparelhamento - O recente reaparelhamento do setor de Balistica é outro fator fundamental para a produção de informações de inteligência pericial, como a aquisição do moderno aparelho Sistema Integrado de Comparação Balística (IBIS, sigla em inglês), que é capaz de correlacionar diferentes crimes cometidos por uma mesma arma. "Essa modernização no setor de balística configura um marco para a perícia criminal e para a investigação de crimes envolvendo armas de fogo, pois possibilita vincular armas, munições, suspeitos em diferentes locais de crime, auxiliando a investigação da polícia judiciária. Trata-se de uma atuação mais proativa da polícia científica, que passa a fornecer, além da prova pericial, informações de inteligência para o sistema de segurança pública.” completou Mário Guzzo.
O levantamento realizado pelo Instituto Igarapé também destacou o trabalho realizado pela Pcepa como referência de boas práticas de transparência e de produção de informação, incentivando que sejam replicadas por outros estados. “Outro ponto relevante é que, com a melhoria dos procedimenros operacionais, que estão sendo implementados pela Polícia Científica, o controle de armamentos e munições será ainda mais preciso, contribuindo para a produção de informação de melhor qualidade, resultando em ainda mais transparência”, acrescentou a perita criminal Isabela Barretto, diretora do Instituto de Criminalística Iran Bezerra (ICIB), da Pcepa.
Mais do que contribuir para a pesquisa do Instituto Igarapé e da Open Knowledge Brasil, a competência da Pcepa tem sido determinante na promoção da segurança pública do Estado. "Temos um setor de inteligência estruturado na Pcepa, integrado às demais agências de inteligência, dos órgãos de segurança pública, que encaminha informações detalhadas, essenciais para a tomada de decisão dos gestores da SP", concluiu a diretora do IC, perita Isabela Barretto.
Fonte: Agência Pará