No Pará, até o momento em 2024, foram confirmados 34 casos de febre Oropouche. Os números quase triplicaram em relação ao último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde Pública (Sespa), que registrou 9 casos no estado até o dia 1º de março.
Em 2024, o Ministério da Saúde observou um cenário de "crescimento lento" dos casos de febre Oropouche no Brasil, com a maioria dos casos concentrados na Região Norte. Foram registrados 3.161 casos da doença durante o ano, em comparação com 832 casos registrados ao longo de todo o ano anterior.
O Amazonas concentra a maior parte dos casos (2.462), seguido por Roraima (590); pelo Acre (68); Pará (34); e por Roraima (18). As faixas etárias mais atingidas são pessoas com idade entre 30 e 39 anos; entre 20 e 29 anos; e entre 40 e 49 anos.
A pasta investiga ainda o que classificou como “rumor” na Região Nordeste – pelo menos um caso ainda não confirmado da doença. “Estamos analisando e entrando em contato com o município”, explicou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel. “Estamos atentos a mudanças que podem estar acontecendo”, completou.
A Sespa ressalta que o Pará é o primeiro estado brasileiro a implantar oficialmente a Vigilância Epidemiológica da doença, que foi aprovada no dia 8 de fevereiro de 2024 pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
Entenda
A febre Oropouche é propagada por mosquitos, principalmente pelo Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus, também conhecidos como maruins. Seus sintomas, bastante semelhantes aos da dengue, persistem por um período de dois a sete dias e englobam febre de início abrupto, dores de cabeça intensas, dores nas costas e na lombar, e dores articulares.
Em fevereiro, o Ministério da Saúde enviou uma equipe ao Acre para revisar casos inicialmente registrados como dengue, mas que, na verdade, poderiam ser de febre Oropouche. No início de janeiro, o estado chegou a declarar emergência em saúde pública devido a um aumento significativo de casos de dengue.
Fonte: Eva Pires/OLiberal