Sapucaia e Abel Figueiredo, no Pará, são as cidades mais casamenteiras do Brasil. Os dois municípios registraram 111 e 71 casamentos por grupo de mil habitantes, respectivamente. Os dados são Pesquisa de Registros Civis divulgados ontem, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma curiosidade é que Abel Figueiredo é a cidade que registra o maior número de divórcios entre os municípios do Pará: 2,63 (por mil hab). Sapucaia não registra divórcios e Redenção tem a maior taxa: 2,64.
Em todo o Pará, foram registrados 37.121 casamentos em 2022. Em Belém, a taxa de casamentos é de 3,35 e a de divórcios de 0,38. Na região metropolitana foram registrados 37.308 casamentos. Curionópolis também é uma cidade casamenteira, com taxa de 38,88 e 0,96 de divórcio. Irituia vem em seguida, como quarta cidade com mais registros de casamento: 21,06 por mil habitantes, e 0,26 de divórcios.
Redenção e Pau D’Arco são as cidades paraenses que registram maior número de divórcios, com taxa de 2,64 e 2,52. Na maioria dos municípios do Marajó, não foram registrados divórcios: Portel, Breves, Melgaço, Curralinho, Anajás e Bagre. Jacareacanga no extremo sudoeste paraense, registra taxa de 8,47 casamentos e nenhum divórcio.
O levantamento feito pelo IBGE mostra um retrato dos municípios brasileiros, onde foram realizados 970 mil casamentos e dos 420 mil divórcios de 2022. O índice nacional de casamentos é de 6 a cada mil habitantes. Já o de divórcio é de 2,5 a cada grupo de mil habitantes.
PARANÁ
Diferentemente do Pará, onde foi verificada uma forte tendência para o casamento, o Paraná é o estado brasileiro que concentra 4 das 10 cidades com os maiores índices de divórcio sendo duas delas com os maiores índices: Ivatuba com 7 divórcios a cada mil habitantes e Iracema do Oeste, com 6 divórcios a cada mil habitantes. Outras quatro cidades do Paraná estão entre as dez com os maiores índices de divórcio: Altamira do Paraná, Inajá, Serranópolis do Iguaçu e Nossa Senhora das Graças.
HOMOAFETIVO
O casamento entre pessoas do mesmo sexo cresceu 20%, taxa acima dos casamentos de pessoas héteros, chegando a 11 mil registros. Esse é, segundo o instituto, o maior volume de uniões homoafetivas desde a resolução do Conselho Nacional de Justiça que garantiu, em 2013, o direito à população LGBTQIA+ ao casamento civil.
Os casais formados por duas mulheres representam 60% do total. No Pará foram registrados 191 casamentos de pessoas do mesmo gênero, sendo 127 entre mulheres e 64 entre homens.
NASCIMENTOS
O IBGE mostrou ainda que houve queda no registro de nascimentos no Brasil: foram 2,54 milhões registros de nascimentos em 2022, uma queda de 3,5% na comparação com 2021, chegando ao menor patamar desde 1977 – a série histórica foi iniciada em 1974. No Pará, foram registrados em 2022, 122.220 nascimentos, uma queda de 3,5% comparado ao ano anterior.
Região Norte registrou o maior percentual de nascimentos gerados por mães com menos de 20 anos (18,7%) enquanto a Região Sudeste registrou o maior percentual de nascimentos gerados por mães com 30 anos ou mais (42,9%)
“Este é o quarto recuo consecutivo. Em 2018, o número de nascimentos registrados foi de 2,89 milhões. Em comparação com a média dos cinco anos anteriores à pandemia de Covid-19 (2015 a 2019), há uma diminuição de 11,4%”, revela o Instituto.
l Todas as regiões apresentaram queda nos registros de nascimentos ocorridos em 2022, mas Norte (-3,8%) e Nordeste (-6,7%) registraram percentual superior à média nacional. Santa Catarina (2,0%) e Mato Grosso (1,8%) foram os únicos estados que apresentaram aumento de registros de nascimentos.
l Em todo Brasil, foram registrados 1,50 milhão de óbitos em 2022, número 15,8% menor em comparação com 2021, mas as mortes de crianças e adolescentes até 14 anos aumentaram.
Fonte: Luiza Mello/Diário do Pará/DOL