Deidyelle de Oliveira Alves, esposa do tatuador Willian Araújo Sousa, conhecido como Will Sousa, também foi presa pela Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (25). A mulher estava em Tucuruí, sudeste do estado. Ela e o marido são suspeitos de estarem envolvidos no desaparecimento da tatuadora de Marabá Flávia Alves Bezerra, de 25 anos. A jovem foi vista pela última vez no dia 15 deste mês, após sair de um bar na companhia de Will Sousa.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher teve a prisão temporária decretada por auxiliar na ocultação do paradeiro de Flávia Alves. “Os elementos de informações que foram levantados apontam que ela auxiliou o autor na ocultação do paradeiro da Flávia”, disse o superintendente de Polícia Civil, delegado Vinícius Cardoso das Neves.
PRISÃO
“Após investigações de campo, técnicas e ferramentas tecnológicas, a Polícia Civil levantou informações suficientes para que fosse decretada a prisão dos suspeitos”, informou o delegado Vinícius Cardoso das Neves.
Will Sousa estava sendo monitorado e foi preso na Folha 32, na Nova Marabá. O veículo do tatuador também foi apreendido durante a operação para fins periciais. Ele foi encaminhado para exame de corpo de delito na sede da Polícia Científica do Pará. Enquanto, que a mulher dele foi presa por uma equipe da Polícia Civil em Tucuruí.
ROTA
Sobre o paradeiro de Flávia, o delegado informou que a polícia tem meios e ferramentas tecnológicas para traçar a rota que foi adotada tanto pelo suspeito quanto pela vítima no dia do desaparecimento. Com base nesses elementos técnicos, a polícia está delimitando um perímetro de busca.
ELEMENTO CENTRAL
Delegado Vinícius explicou ainda que o tatuador é um elemento central dessa investigação, uma vez que ele foi a última pessoa que foi vista com a Flávia. No primeiro depoimento dele, ele alegou não se lembrar de nada. “Ele é um elemento central, ele já foi ouvido na condição de testemunha inicialmente, agora ele está sendo interrogado na condição de presença do suspeito”.
O advogado que representa a família de Flávia, Diego Sousa, externou gratidão ao trabalho realizado pela Polícia Civil. “A gente sabe que não é um trabalho fácil, que é um trabalho que demanda paciência e muito mais pessoas. E a família se sente um pouco aliviada por ter chegado à prisão do principal suspeito do desaparecimento da Flávia”, disse.
Ele disse ainda que com a captura do suspeito, a Polícia Civil vai ter mais elementos de busca para que possa ser encontrada Flávia. “Antes disso, a família já estava fazendo buscas por conta da localização da parede celular dela, nos possíveis locais que ela apareceu. Mas com reforço da Polícia Civil e com a tecnologia que vai ser empregada, esperamos em Deus que isso possa acontecer em breve”, disse o advogado.
O CASO
Flávia Alves Bezerra saiu no último dia 14, à noite, com uma prima para um bar no Núcleo Cidade Nova. Lá casualmente, ela se deparou com o Will Sousa, onde passaram a consumir bebida alcoólica juntos.
Por volta de 2h, eles se dirigiram para um outro bar na Nova Marabá e lá permaneceram até amanhecer o dia de segunda-feira (15), por volta de 6h30 e 7h.
Flávia saiu com o suspeito no próprio veículo dele e desde então não foi mais vista. Na noite de quarta-feira (17), a família procurou o plantão policial para noticiar esse desaparecimento.
“A partir daí a Polícia Civil começou a investigar. Várias pessoas foram ouvidas, inclusive inicialmente o próprio suspeito, provas foram constituídas, trabalho técnico de ferramentas tecnológicas foi realizado para se angariar provas, que culminaram nessa prisão”, explicou o delegado, acrescentando que a investigação continua.
As imagens de câmeras de segurança da via pública e de locais em que eles possivelmente estiveram os envolvidos, auxiliou sobremaneira na investigação.
Fonte: Alessandra Gonçalves/Com informações de James Oliveira da RBATV/DOL