A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) confirmou, nesta segunda-feira (20), o óbito de uma pessoa por meningite no município de Tracuateua, no nordeste do Pará. Como informou a Secretaria, esse óbito ocorreu no dia 14 de maio e se refere a uma pessoa do sexo masculino, de 13 anos de idade, no caso, um estudante, morador da zona rural em uma localidade chamada Rio Branco. Em fevereiro último, levantamento da Sespa indicou 11 casos em 5 municípios (Ananindeua, Belém, Barcarena, Ponta de Pedra e Marituba) e 5 óbitos. Na comparação entre fevereiro e maio, é verificado um aumento de casos (de 11 para 29 casos, correspondendo a 163,64% de crescimento) e de óbitos (de 3 para 12 óbitos, com 300% de elevação). Belém é o município com maior quantidade de casos e óbitos no estado.
A Sespa repassa que mantém vigilância aos casos da doença. Dessa forma, realiza ações permanentes junto aos municípios para evitar surtos e capacitar as equipes para a identificação dessa enfermidade.
Balanço
De acordo com levantamento feito pelos técnicos da Sespa, em 2024, até o momento, foram registrados 03 casos de meningite em Ananindeua, 22 casos em Belém, 01 caso em Marituba, 01 caso em Marabá, 01 caso em Barcarena e 01 caso em Ponta de Pedras.
Sobre óbitos provocados pela doença, a Sespa informou: "Até o momento foram registrados 12 óbitos, sendo Belém (05), Ananindeua (02), Ponta de Pedras (01), Castanhal (01), Acará (01), Tomé-Açu (01) e Tracuateua (01). Assim, Belém desponta como o município com maior quantidade de casos (22) e de óbitos (5) no estado.
Em 2022, segundo o levantamento, foram registrados no Pará 158 casos e 31 mortes. Já em 2023, foram 111 casos confirmados da doença e 44 mortes.
Os casos no levantamento atual envolvem 6 municípios (Ananindeua, Belém, Marituba, Marabá, Barcarena e Ponta de Pedras).
Cuidados
A médica infectologista Andréa Beltrão destaca que a meningite "é a inflamação da meninges, que na maioria das vezes pode ser causada por vírus ou bactéria; o agente atravessa a barreira que protege o cérebro e a medula". Acerca do que se deve fazer para identificar se uma pessoa está acometida de meningite e como tratá-la, a infectologista enfatiza: "A doença tem um início rápido, agudo, com febre, dor de cabeça e alteração de comportamento. São os sinais de irritação meníngea, como a rigidez de nuca, que diferencia de outras doenças febris. Tem que levar urgente ao pronto-socorro para confirmar o diagnóstico e iniciar o mais rápido possível o tratamento".
O tratamento da meningite se dá com antibiótico e corticoide. "Existem vacinas para prevenir algumas meningites, porém outras a prevenção pode ser feira evitando aglomerações e utilizando de forma adequada os equipamentos de proteção individual, pincipalmente as máscaras cirúrgicas", orienta Andréa Beltrão.
Fonte: Eduardo Rocha/OLiberal