O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que com o fim do fenômeno El Niño a terceira semana do mês de junho será marcada pela ocorrência de chuvas nas regiões Norte, Nordeste e Sul. A previsão é de início do La Niña no mês seguinte.
Na Região Norte, o instituto aponta que os maiores acumulados de chuva devem ocorrer no noroeste do Amazonas, norte do Pará, Roraima, além de áreas do leste do Amapá com acumulados que podem superar 60 mm. Nas demais áreas, os volumes devem ser inferiores a 40 mm.
José Raimundo Souza, meteorologista Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que o fenômeno El Niño começou em junho do ano passado e está na sua fase final, ele tem como característica a ausência de chuvas quando se trata de Pará. A previsão é que em agosto deste ano comece o fenômeno El Niña, que é marcada por trazer chuvas para a região norte, mais especificamente no Pará.
"Está terminando o El Niño e provavelmente está chegando águas mais frias, que é a característica do El Niña. Ainda estamos fazendo a avaliação dessa variação de fenômeno e o que dá para dizer é que atualmente a região sul do Pará vive um momento mais seco”, explica José Raimundo.
Em relação à região Sul, a previsão de chuvas se concentra nos estados do paraná e Santa Catarina. Já na Região Nordeste, a previsão é de pancadas de chuva na faixa leste, que podem superar os 60 mm. Enquanto na faixa norte da região, há previsão de chuva com menores acumulados, no interior pode ocorrer tempo quente e seco.
El Niño
Caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial, o El Niño ocorre em intervalos irregulares de cinco a sete anos e tem duração média que varia entre um ano a um ano e meio.
De junho de 2023 a abril de 2024, o El Niño influenciou no aumento das áreas de seca na Região Norte, que passou de fraca a extrema em algumas áreas, enquanto na Região Sul, as áreas com seca moderada a extrema desapareceram gradualmente. Na Região Nordeste ocorreram áreas com seca grave, que retrocederam a partir de março de 2024.
O fenômeno também contribuiu ativamente para os eventos de inundação de excepcional magnitude no mês de maio, o que caracterizou o maior desastre já ocorrido no Rio Grande do Sul.
Fonte: OLiberal