Na 15ª rodada da Série B, o Paysandu tem um compromisso bastante aguardado por um dos seus atletas. Contra o Ceará, na Curuzu, o atacante Nicolas terá um grande reencontro com o seu ex-clube, uma chance e tanto para desabrochar na competição, a qual o artilheiro bicolor na temporada ainda está devendo, ostentando uma tímida marca de dois gols em 13 jogos. Mais do que nunca, a temida "Lei do ex" estará em campo e, sob a sua mística, tudo pode acontecer, inclusive nada.
Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, o atacante conversou com os jornalistas e, como era de se esperar, ele foi indagado sobre o momento e a falta de gols na Série B, sem fugir da responsabilidade.
"Primeiro que na Série B o nível das equipes aumenta muito. Temos enfrentado equipes muito qualificadas. No meu caso, tenho certeza que quando eles vão enfrentar o Paysandu, eles me conhecem, então a marcação aumenta. Por conta disso, a marcação se torna mais específica, uma atenção redobrada. Eu me cobro muito pelos gols, até além da conta. Passei algumas partidas sem fazer o meu papel, que é com gols, apesar de que eu ajudo a equipe de outras maneiras. Acho que a gente vem trabalhando, os companheiros estão ajudando, mas as situações claras de gols não estavam aparecendo", comentou.
Dos 13 jogos disputados, Nicolas marcou na quinta rodada, contra outro ex-clube, o Goiás, e na 14ª, contra o Coritiba. Essa distância entre gols precisa ser encurtada e o jogador sabe bem disso. "Nesse último jogo eu tive duas situações e fui feliz nas duas. Infelizmente o VAR anulou uma. A partir do momento em que as coisas não acontecem, eu preciso me reinventar, arrumar outros modos de finalizar e ajudar a minha equipe. Se a gente não consegue fazer os gols, temos que ajudar de outra maneira. Não estamos aqui para criar problemas, mas sim resolver e minha função é essa. Felizmente nesse último jogo as coisas aconteceram e espero que continue assim, espero voltar a marcar em casa também."
Recentemente, durante a crise de gols, o jogador também perdeu a função de cobrador de pênaltis na equipe e admitiu que a troca com João Vieira acabou sendo benéfica. "Você tem que entender o momento. Eu conversei com o professor Hélio. Não tinha porque trazer uma carga a mais, depois de errar duas cobranças, o que é algo muito normal no futebol. Acho que houve uma cobrança desproporcional em cima disso. Na verdade, os gols fizeram falta para mim. Para o bem comum não vejo problema nenhum. O João é um cara que treina e bate muito bem. As pessoas acabam tentando criar algo desnecessário na equipe, uma competitividade que precisa ser com os adversários, não entre o elenco. O João é um cara que eu adoro, é competente nas cobranças, nos ajuda e se eu me sentir confortável e tiver uma opção, eu bato de novo", explicou.
Quanto ao Ceará, o centroavante bicolor até tentou neutralizar o confronto, mas acabou deixando claro que as feridas expostas durante a relação com o ex-clube devem ser definitivamente cicatrizadas nesta sexta-feira, diante da Fiel Bicolor. "[Lei do ex] Uma das poucas que não falha. Ficaria muito feliz em marcar gols. Além de tudo, não por ser o meu ex-clube, mas pelo fato de contribuir e ajudar o time, seja com gols, assistências, bom desempenho em campo. O principal objetivo é ajudar o Paysandu, então eu espero que a gente faça um bom jogo. Eu comemoraria muito, com toda certeza. No entanto, eles são uma grande equipe e merecem respeito", encerra.
Fonte: Luiz Guilherme Ramos/OLiberal