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No Pará, metade dos pacientes com H1N1 em 2024 são idosos

Publicada em 19/07/24 às 09:32h - 18 visualizações

por Rádio Nativa FM 92.5 Irituia


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 (Foto: Rádio Nativa FM 92.5 Irituia)

No Pará, metade dos casos de H1N1 em 2024 foram registrados em idosos, que representam o público mais vulnerável para esse vírus. Conforme o balanço divulgado pela Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa), de 1º de janeiro até 18 de julho de 2024, foram registrados 44 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza A H1N1. Desse total, 22 casos foram em idosos. A Sespa ainda não divulgou o número de mortes por H1N1 este ano, mas detalhou que, dentre os óbitos, 3 eram pessoas com mais de 60 anos.

Em 2023, foram notificados pela Sespa 26 casos de SRAG decorrentes do vírus Influenza A H1N1 no sistema SIVEP-Gripe. No ano passado, 8 casos foram em idosos. A Secretaria também ainda não informou o total de óbitos de 2023, mas informou que, dentre esse total de mortes, 4 eram idosos.

 

Cenário em Belém

Em Belém, conforme nota enviada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), em 2024, dos 129 casos registrados até balanço divulgado nesta quinta-feira (18), 35 são de idosos e 2 deles foram a óbito em decorrência de SRAG por Influenza A H1N1. Já no ano de 2023, foram 106 casos de H1N1 na capital paraense, sendo 15 em pacientes com idade a partir dos 60 anos. No ano passado, foram 2 mortes por H1N1 na cidade, sendo 1 em idoso.

Conforme reforçou a Sesma, o H1N1 é transmitido de um indivíduo para o outro por meio do contato com secreções de uma pessoa que esteja infectada com a doença. Seus sintomas são parecidos com os de uma gripe comum. Mas é preciso ficar atento à piora dos sintomas para, caso seja necessário, procurar ajuda médica. Alguns dos sintomas são: febre, dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza, cansaço, vômitos e diarreia.

 

Os idosos são mais vulneráveis?

A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1, um subtipo de influenzavírus do tipo A. Essa doença respiratória é comumente confundida com a gripe comum, por possuírem os mesmos sintomas. A médica infectologista Rita Medeiros, de Belém, explica que o público idoso é o mais vulnerável a contrair essa doença, pois apresenta a defesa imunológica mais deficiente, que envelhece com o avanço da idade. Na última terça-feira (16), o apresentador Sílvio Santos, de 93 anos, foi internado em São Paulo após receber o diagnóstico de H1N1.

“A infecção por H1N1 ocorre por via respiratória, como todos os vírus respiratórios, já que ao tossir, espirrar e falar, eliminarmos muitas gotículas, que em casos de pessoas que estejam com o vírus no organismo, essas gotículas contaminadas com partículas virais acabam sendo inaladas por pessoas vulneráveis, podendo desenvolver a gripe”, relata a infectologista. 

Nos idosos, o H1N1 pode ser mais agressivo devido a sua defesa imunológica apresentar uma maior deficiência, ocasionada pelo avançar da idade, fazendo com que a recuperação seja um pouco mais demorada. Algo que também pode dificultar a recuperação é caso o paciente apresente alguma comorbidade, como diabetes ou pressão alta, fatores que também influenciam na diminuição da resposta imunológica. 

Rita Medeiros esclarece que a melhor forma de prevenção segue sendo a vacinação, além de cuidados básicos de higiene como: lavar bem as mãos frequentemente com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar, principalmente para o público idoso. 

 

Quais os principais sintomas nos idosos?

Eliane Fonseca, também médica infectologista de Belém, relata que os principais sintomas entre os idosos são: sonolência, idoso não costuma ter febre, coriza clara, tosse inicialmente seca e dor no corpo todo(mialgia).

A infectologista também aponta que nos casos dos portadores de diabetes e a hipertensão, tem-se risco aumentado de complicações dessas doenças crônicas.

“No paciente diabético, além da defesa imune comumente ser diminuída, principalmente quando a doença está descompensada, as infecções acabam por piorar os níveis glicêmicos, aumentando-os e levando a outras infecções, da mesma forma o hipertenso de longa data, que pode apresentar descompensação da hipertensão, da insuficiência cardíaca e até do risco de embolias, que pode ocorrer tanto devido à diminuição da mobilidade (acamados), quando pela própria ação do vírus na ativação do sistema imune”, alerta a especialista.

 

Fonte: Lucas Quirino/OLiberal




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