No Pará, mais da metade dos veículos registrados estão com atraso no licenciamento, processo de regularização obrigatório que é feito anualmente para o carro, atestando que ele está em conformidade com as normas de segurança exigidas. Conforme dados disponibilizados pelo Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran-PA), até julho de 2024, 1.254.125 veículos estavam com o licenciamento em atraso, o que corresponde a 53,96% em todo o Pará. Para reforçar a fiscalização, o Detran-PA conta com 337 equipamentos de videomonitoramento da Central de Controle de Operações Viárias "Sentinela", que auxilia na segurança viária, identificando veículos com licenciamento atrasado, roubados, furtados e até envolvidos em situação de crime.
Na rodovia BR-316, principal corredor de tráfego da Região Metropolitana de Belém, eram 28 equipamentos desse tipo em operação em 2023. O número aumentou para 33 equipamentos implantados até agosto de 2024.
Conforme o órgão de trânsito, de 2022 a 2024, foi registrada uma queda de 12,41% para 3,38% do quantitativo de veículos que passavam com algum débito no posto de fiscalização do órgão em Benevides (no acesso a Mosqueiro). No posto de Salinópolis, no mesmo período, a queda foi de 24,67% para 4,48%.
No caso de Belém, o Detran informou que atua somente no perímetro que compete ao Estado, sendo eles: km 01 da BR-316 e a PA-391 (Belém-Mosqueiro). Do total de 33 equipamentos na área de jurisdição do Detran na rodovia BR-316 (Km 01 ao Km18): 7 estão implantados em Ananindeua, 1 em Benevides, 1 em Belém e 24 em Marituba.
Sentinela
A Central de Controle de Operações Viárias "Sentinela", implementada em 2021, possui equipamentos instalados nas rodovias que transmitem as imagens para a sede do órgão e postos de fiscalização. Sob posse destas informações, os agentes de fiscalização traçam estratégias de intervenção para as vias em trechos previamente mapeados.
Segurança
Um dos principais benefícios de ter o licenciamento do veículo em dia é a segurança. Um veículo regularizado demonstra que está em condições adequadas para circular, passando por vistorias e avaliações periódicas. Segundo a balconista Cláudia Santos, que mora em Belém, a questão de ter o veículo vistoriado e conforme as regulamentações das leis de trânsito são primordiais. Além disso, podem evitar que o motorista seja prejudicado em possíveis incidentes.
“Eu dirijo há muitos anos. Acredito que a questão da regularização dos veículos e, principalmente, do meu carro, é devido à segurança, até pelo controle de roubo. Porém, é mais por esse lado da segurança, das autoridades terem essa estimativa de veículos que estão em dia, as estatísticas fazem eles se organizarem para garantir uma maior segurança nos locais que mais precisam”, relata.
Para a motorista, ações de monitoramento de veículos, para vistoriar o licenciamento, são importantes para garantir que irregularidades sejam corrigidas. “Essa verificação deveria ser ainda maior, com relação ao licenciamento. As pessoas se sentem mais tranquilas de trafegarem sabendo que o veículo está regular e os demais condutores têm consciência de quanto esse procedimento é importante. Até na aquisição do carro, uma vez que tem essas vendas por terceiros. Isso evita muito golpe. Olhando para esse lado, a fiscalização é boa”, garante.
Ao regularizar o veículo, o cidadão contribui para um trânsito mais seguro e organizado, além de evitar diversos transtornos e prejuízos. Além disso, em caso de acidente ou qualquer outra ocorrência, a documentação em dia facilita os procedimentos e garante os direitos do proprietário. Conforme o vidraceiro Marcos André Bezerra Campos, que costuma trafegar em uma motocicleta para trabalhar em Belém, um dos principais motivos para manter o licenciamento em dia é a questão da prevenção em casos de acidentes.
“Com o licenciamento regularizado, por exemplo, se acontecer algum acidente a pessoa tem o respaldo. Toda essa burocracia envolvendo o trânsito se torna mais simples, até mesmo com o DPVat. Então eu sempre deixo tudo em dia. Tenho mais segurança. A questão são as outras pessoas que acabam se envolvendo em acidentes e não têm esse licenciamento. Isso ainda acaba prejudicando os outros condutores que estão certos. A verdade é que as pessoas reclamam, mas a fiscalização ajuda nesses casos”, disse Marcos André.
Área monitorada na BR-316 (Foto: Thiago Gomes / O Liberal)
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Fonter: OLiberal