A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) emitiu um alerta epidemiológico aos municípios do Pará para reforçar a importância da atualização do cartão de vacinação contra o sarampo. A doença, altamente transmissível, pode afetar tanto crianças quanto adultos. A vacina tríplice viral, disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), também protege contra rubéola e caxumba.

O aviso da Sespa segue recomendação do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, devido à reintrodução do sarampo no Brasil em 2024. Até o momento, foram confirmados três casos no país: dois no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal. Além disso, surtos recentes na Europa e América do Norte, especialmente nos Estados Unidos e na Argentina, aumentam a preocupação com a disseminação do vírus.

Apesar dos casos esporádicos, o Brasil segue com a classificação de país livre da circulação do vírus do sarampo, da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congénita. Esse reconhecimento foi reafirmado em novembro de 2024 pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). O último caso confirmado no Pará ocorreu em janeiro de 2022.

Quem deve se vacinar?

A vacinação é a principal estratégia de prevenção e controle do sarampo. O SUS oferece a imunização para pessoas de 12 meses a 59 anos:

Situação da vacinação no Pará

Em 2024, a cobertura vacinal contra o sarampo no estado foi de 85,86% para a primeira dose e 60,97% para a segunda, entre crianças menores de dois anos. A meta é atingir 95% na segunda aplicação.

Para aumentar a adesão à vacina, a Sespa recomenda aos municípios medidas como:

• Ampliação dos horários de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS);
• Palestras educativas para pais e responsáveis;
• Oferecimento da vacina em consultas clínicas e farmácias;
• Combate à desinformação sobre imunização nas redes sociais.

Sintomas do sarampo

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, transmitida pelo ar através de tosse, fala e espirro. Os principais sintomas incluem:

• Febre alta por mais de três dias;
• Exantema (manchas vermelhas na pele);
• Tosse, coriza e conjuntivite.

Complicações podem levar a infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e problemas neurológicos. O paciente deve procurar atendimento médico ao primeiro sinal da doença para notificação e controle da transmissão. A vacinação continua sendo a forma mais eficaz de prevenção.

Fonte: OLiberal